Numa visão Espírita

Textos baseados no Estudo do livro Gênesis de Moisés transmitido no portal SER com Haroldo Dutra Dias. Com a utilização dos resumos postados no Grupo de Estudos de Gênesis no Facebook. Qualquer erro gramatical, textual, morfossintático, ortográfico, etc é de responsabilidade exclusiva da administração do Blog.




terça-feira, 21 de abril de 2015

Plano Geral

Plano Geral 

Antes de lermos um livro, temos que  observar o objetivo do livro, qual é o escopo temático; qual a estruturação geral da forma,  concepção,
a configuração e a articulação dos temas.

Observando a estruturação do livro de Gênesis, devemos lembrar que o povo hebreu quando escrevia a tudo dava forma.
Observar as  articulação do texto:
Como as histórias se conectam?
Adão com Noé?
Noé com Abraão?
Abraão com Isaac?
Isaac com Jacó?
Jacó com José?
José com a finalização do livro?
Todos os trechos estão conectados artesanalmente – isto tudo percebe-se no nível da composição.
Estrutura temática – criação, aliança, exílio, êxodo e redenção.
"Repetiremos inúmeras vezes que o eixo temático central da Bíblia, capaz de expressar com vivacidade a 'visão de mundo' dos hebreus, pode se resumir nesta sequência temática: Criação, Aliança, Exílio, Êxodo e Redenção.”
Primeiro objetivo geral 
 Há um Deus criador, a criação é um cosmos, ordenado, tudo tem o seu lugar, cada coisa tem seu papel, cada elemento tem uma função e tudo obedece a uma hierarquia.
Dos seres vivos – o homem é o ser mais complexo – por isso ele coordena, domina os outros seres vivos.
O Livro dos Espíritosobserva esta ordem quando aborda o objetivo da reencarnação. 
"colocar o homem no papel de exercer seu papel no conjunto da obra da criação".

(Pergunta de Kardec)
"132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
(Resposta dos Espíritos.)
“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de faze-los chegar a perfeição. Para uns, e expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem  essa perfeição, tem que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso e que esta a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de por o Espirito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da Criação. Para executa-la e que, em cada mundo, toma o Espirito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de ai cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. E assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”
(Comentário de Kardec)
A ação dos seres corpóreos e necessária a marcha do Universo. Deus, porem, na sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar dele. Deste modo, por uma admirável lei da Providencia, tudo se encadeia, tudo e solidário na Natureza."
O Livro dos Espíritos. Questão 132


 Não é adequado fazer uma leitura literal – não é possível compreender tudo com a nossa linguagem – os espíritos falam isso o tempo todo – nossa linguagem é limitada.
Os espíritos nos advertem que estão trazendo ideias, que as ideias são mais importantes que as palavras.
O Livro dos Espíritos, foi escrito em Francês.
Como faremos para traduzir para o chinês? Para traduzir para o árabe?
Há uma dificuldade muito grande, não é uma tradução de palavras, mas de conceitos, de ideias, de princípios.
Não devemos brigar por causa de palavras. Pois, palavras são insuficientes para se falar de Deus, Ele é uma realidade transcendente que não cabe na linguagem humana.
A linguagem humana é corpóreaestá baseada no nosso corpo.
Haroldo nos dá um exemplo: "Para cima, para baixo – isto não existe em termos de universo. Nos enxergamos pelos olhos, mas o espírito, todo ele enxerga – já nos imaginamos vendo em 360 graus – ver tudo ao mesmo tempo – qual seria a nossa linguagem? – Entre em uma rua, agora , vire a direita! Como seria? Qual a referência?"
Deus não é corpóreo, mas, nossa linguagem é. Então, como expressar Deus? Símbolos, metáforas, serão sempre tentativas, não conseguiremos descrever com exatidão o Deus Criador do cosmos.
Outra mensagem importante:
Imagine um Deus tão transcendente, tão absoluto, tão ilimitado, que a realidade de criatura é desinteressante para Ele. Cuidado! Isso é uma armadilha. Alguns imaginam que Deus criou um sistema que funciona automaticamente.
Para quem ama é assim? Pode ser assim para quem imagina um Deus que ama seus filhos?
Amar é  interagir, doar, interessar, encantar,  querer estar junto.
Segunda mensagem do livro de Gênesis  – Deus é imanente – é absoluto, infinito – mas ama tanto que ele se restringe para se relacionar conosco. Deus age nas vidas individuais e na vida da comunidade e na sua criação como um todo, é um Deus que se importa, um provedor, um cuidador.
Cuidado – é preciso equilíbrio - se imaginarmos que Ele é só providência – nos o imaginamos como nós – com nossas imperfeições – imaginamos um Deus que se magoa, que tem dor, etc.
Outro excesso - há também está nos que entendem que  Deus que é a soma dos elementos da natureza – isso é panteísmo – Deus não é  soma, se retirarmos toda a criação, Deus permanece inteiro.
Precisamos do meio termo, do equilíbrio para compreendermos e para ampliarmos nossa percepção.
Veja a divisão deste  plano geral do livro de Gênesis clicando aqui.

Texto baseado na fala de Haroldo Dutra Dias no vídeo 3 e do resumo da aula disponibilizado no Grupo de Estudo de Gênesis no Face Book. Qualquer erro gramatical, morfossintático, ortográfico,  textual etc. é de responsabilidade exclusiva da administração do blog.


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