A "viagem de Chico no espaço" e o Grande Atrator

"O Mistério do Grande Atrator - A Terra e os demais planetas, as constelações e as galáxias, tudo se move pela imensidão do espaço a estonteantes velocidades e numa mesma direção, como sob efeito de uma força estranha e invisível." 

Esse foi o título e o sub-título de uma reportagem da revista Superinteressante que retirei  e coloquei numa pasta, não sei o ano, mas pela pasta em que está, provavelmente tenha sido publicada no final de 1980 ou no começo  da década de 1990. Achei que tinha tudo a ver com o que foi lido por Haroldo na aula 007. A aula faz referência à entrevista de Chico Xavier e ao capítulo 28 do livro "Na Era do Espírito". Sendo assim, corri até as minhas pastas de Física e fui procurar o artigo e encontrei logo. E vou fazer alguns comentários e citar alguns tópicos. O pior é que quanto mais Haroldo vai falando vou lembrando artigos que  li em livros e revistas e não sei onde isso vai dar, mas vamos lá. 

O artigo citado acima foi escrito por Flávio Dieguez e começa assim: 

"É uma autêntica odisseia no espaço. O planeta Terra está se movimentando em desabalada carreira através do Universo - e um dos grandes desafios da Ciência moderna é justamente determinar qual é afinal, o destino definitivo dessa incrível viagem. O curto tempo necessário para ler esta página basta para mostrar que a viagem além de incrível é assustadora.(...) "

Lembro que essa publicação tem mais de vinte anos e, apesar de ter outras mais novas, achei o texto muito parecido com o que Chico Xavier contou na sua experiência mediúnica com Emmanuel (leia a experiência clicando aqui) e com o que o Haroldo comentou no vídeo. (assista ao vídeo clicando aqui).
O artigo  continua:

"O que eles não sabem é explicar a causa desse movimento,...  (...) Os cientistas imaginam que estamos sendo arrastados por uma inesperada e formidável concentração de estrelas, em algum ponto do espaço, na direção da constelação do Cruzeiro do Sul, mais certamente muito além dela. Incapazes de divisar o vasto vulto dessa massa de estrelas, que permanece nos confins do Cosmo, oculta dos telescópios, os cientistas se contentam em lhe dar o nome portentoso: o Grande Atrator. 

É possível até que não haja estrela nenhuma na reta final da corrida: o Grande Atrator pode  revelar-se um personagem muito mais estranho e incomum do que os prosaicos sóis conhecidos pela ciência. As mais notáveis candidatas a título de Grande Atrator ainda são as estrelas, ou melhor, as grandes concentrações de estrelas, como as galáxias e os grupos de galáxias, chamados aglomerados ou superaglomerados, dependendo do seu tamanho. É instrutivo observar esses colossos siderais para entender como nasceu o enigma do Grande Atrator.  O périplo terrestre começa com o Sol, o mais próximo centro de força gravitacional que influencia o movimento do planeta. A potentosa massa solar exerce uma atração constante sobre a Terra, fazendo-a girar à sua volta ...

Mas isso não é tudo: em seguida é preciso acrescentar o movimento do próprio Sol, que se move levando consigo, todo o séquito de planetas a rodopiar no céu. A situação é curiosa, pois, quando os dois movimentos se somam, a Terra acaba realizando uma infindável espiral no espaço, algo como um descomunal saca-rolhas. Na verdade, é difícil visualizar a tortuosa trajetória da Terra, já que o Sol não corre em linha reta, mas gira (...) em torno do centro da galáxia Via Láctea - levando aproximadamente 200 milhões de anos para completar o percurso. Sob a forma de um grande redemoinho , (...), também a Via Láctea está sendo arrastada. Junto com outras 21 galáxias próximas denominadas coletivamente de Grupo Local, ela arremete na direção de um distante aglomerado da galáxias conhecido como Virgem. 

[Não nos faz lembrar a experiencia de Chico, com Emmanuel, quando ele pede para voltar para casa que deu vontade de tomar uma  xícara de café.]

O texto continua com uma analogia interessante. 

O Astrofísico Brasileiro, Augusto Daminelli, do Instituto Astronômico e Geofísica (IAG) da USP diz que: "Nesse ponto, é inevitável nos sentirmos como uma colônia de micróbios na ponta da asa de uma andorinha"

Nessa metáfora cada andorinha representa uma galáxia. "Então a hercúlea tarefa do astrônomo é tentar prever o destino de todo o bando de aves", descreve Daminelli. Não se deve esquecer que a Terra como o Sol e as estrelas, acompanha o movimento das galáxias e aglomerados. A sua revoada cósmica, por essa razão, se torna terrivelmente complexa."
(...)

... a mais próxima grande Galáxia Andrômeda, situa-se a 2,2 milhões de anos-luz. 

(...) O primeiro passo para a descoberta do Grande Atrator, nesse agitado ambiente intergaláctico, foi dado por dois pesquisadores americanos. Brent Tully e Marc Aaronson. A  proeza deles foi determinar o movimento das 22 galáxias do Grupo Local na direção do Aglomerado de Virgem(...) Mas, Virgem não permaneceu por muito tempo como o Grande Atrator: em 1977, descobriu-se que a Terra tinha uma outra direção no espaço além dessa. O planeta parecia estar se dirigindo rumo ao superaglomerado de Hidra Centauro, duas vezes mais distante e - a julgar por sua força - dez vezes maior que Virgem.

A surpresa foi grande , pois não se esperava que houvesse outra enorme concentração de matéria capaz de competir com aquele aglomerado. Mas a novidade foi cuidadosamente checada e confirmada. Os grandes telescópios revelaram que na direção da parte da via Láctea ocupadas pelas constelações de Hidra e do Centauro, mas a 120 milhões de anos-luz, há um gigantesco enxame  de estrelas, como se nunca tinha visto antes. (...) ...afinal, como ter certeza de que no futuro não se achariam novas causas para o rocambolesco movimento da Terra? Era preciso imaginar um meio de dar um xeque-mate na questão,(...)

Após cinco anos de trabalho (...) expuseram o resultado da caçada: O próprio superaglomerado de Hidra-Centauro está sendo arrastado. Ou seja, não é ele ainda, o Grande Atrator.

(...) o mapeamento (...) foi extremamente amplo, (...)
...inventou-se novo método - muito mais preciso para medir a velocidade da Terra, utilizando para isso nada menos que o brilho apagado do Big Bang, a grande explosão que deu origem ao Universo.

Essa luz fóssil, gerada entre 15 e 20 bilhões de anos atrás preenche por igual todo o Cosmo e chega à Terra vinda ao mesmo tempo de todas as direções. Ela agora se encontra na forma esmaecida de microondas, (...). E o fato de ser idêntica em todas as direções do espaço que torna o Big Bang um bom meio de medir a velocidade da Terra. Pois se a Terra se move numa certa direção, a radiação primitiva será um pouco mais forte nessa direção - quebrando a uniformidade  original do brilho cósmico. As medições realizadas até agora são taxativas: há realmente um ponto no céu onde a radiação se acentua, enquanto no rumo exatamente oposto ela se reduz a um mínimo. Esse seria o movimento definitivo da Terra - medido em relação ao próprio espaço e não em relação a outras estrelas e galáxias. Descontadas todas as piruetas a terra estaria avançando (...) rumo à constelação de Hidra. (...) 

Na realidade, nenhum encarnado no planeta sabe aonde estamos indo, nem mesmo os cientistas. E quanto aos desencarnados, é prudente refletirmos que só espíritos numa condição muito elevada, sabem, pois o conhecimento das coisas não é para qualquer um. No youtube há uma palestra de Haroldo que tem como tema: "Apocalipse" - (uma delas, não sei qual agora, mas vou tentar encontrar para colocar o link aqui) - fala dos grandes ciclos da Terra que nós não conhecemos, pois, só conhecemos os pequenos; dia, semana, ano etc..  Repetindo o que o Haroldo disse certa vez, não sei se é dele ou se foi citando alguém, com a nossa pequenez diante de tamanha imensidão: "é humilde quem tem juízo".

Este texto foi escrito pela administração do blog. Não se refere a fala nem citação do curso. É de responsabilidade da administração do blog.