Numa visão Espírita

Textos baseados no Estudo do livro Gênesis de Moisés transmitido no portal SER com Haroldo Dutra Dias. Com a utilização dos resumos postados no Grupo de Estudos de Gênesis no Facebook. Qualquer erro gramatical, textual, morfossintático, ortográfico, etc é de responsabilidade exclusiva da administração do Blog.




domingo, 11 de outubro de 2015

Jesus é a Luz

 No vídeo 17  do estudo de Gênesis de Moisés,  Haroldo nos propõe pensarmos na luz que foi criada no primeiro dia da Criação - que está no capítulo 1, versículo 3: "Disse Deus: haja luz; e houve luz."  -  como o trabalho incessante de Jesus na formação do nosso planeta.  Ele nos alerta que essa luz, do versículo 3, não é luz do Sol, pois o Sol só foi criado  no quarto dia, está no capítulo 1, versículo 14: "Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem a separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para as estações, para dias, para anos." 
Então ele questiona: Se a luz criada no primeiro dia não é a luz do sol, então que luz é essa que foi criada no primeiro dia?  E,  nos leva a pensar nessa luz, representando de uma forma SIMBÓLICA, a atuação dos Cristos, os Construtores de mundos que seguindo a vontade do Pai Maior,  manipulam fluidos sutis a fim de executar a Palavra do Pai Maior.
E como, segundo essas mesmas obras, o nosso Cristo planetário,   o responsável pelo planeta Terra, é Jesus; ele nos propõe a pensarmos nessa luz como "A Grande Luz", como a presença de Jesus no planeta.
"Essa luz é claro que é Jesus."
Isso, ele nos sugere baseado em textos da própria Bíblia, Novo e Antigo testamentos, bem como em textos da doutrina espírita, psicografados por Chico Xavier, principalmente, os textos de Emmanuel, André Luiz e Humberto de Campos que nos trazem explicações relativas à criação do nosso orbe  e ao papel de Jesus neste processo, principalmente nas obras A Caminho da Luz, Evolução em Dois Mundos e Brasil, Coração do Mundo Pátria do Evangelho.


Essa semana, fazendo os meus estudos diários encontrei um texto maravilhoso no livro Há Flores no Caminho do espírito Amélia Rodrigues, psicografado por Divaldo Franco.  O texto se encontra no capítulo 2, que tem como título "A perene luz", abaixo colocarei alguns parágrafos significativos para o nosso estudo, mas afirmo que vale a pena ler, não só esse capítulo como o livro na íntegra, é que ele descreve de forma lindíssima o papel de Jesus em nosso planeta e em nossas vidas.

Amélia Rodrigues nos diz no texto:

http://www.livrarialeal.com.br/ha-flores-no-caminho~618~78~21~---series~-amelia-rodrigues
 "A luz é o fulcro donde emerge o calor e a vida, ao mesmo tempo é o centro para onde convergem as atenções e os interesses de todos.
(...)
Todavia é a luz que aponta e acelera os caminhos.
(...)
Jesus é a Grande e Perene Luz que veio às sombras dos caminhos humanos para que jamais voltasse a predominar a treva.
Sua trajetória fez-se assinalar pela inapagável caridade que prossegue iluminando os séculos.
Quantos se encontram enregelados pelos sentimentos negativos ou abandonados ao frio da indiferença social, nEle encontram, o calor para a restauração das forças. 
Os sofredores de toda parte buscavam-nO, e O procuram ainda agora, para aquecer-se no Seu convívio.
(...)
...E Ele, claridade viva, prosseguiu vencendo, etapa a etapa, nos sórdidos lugares onde se hominizam os famanazes da treva infeliz. 
(...)
A força da Luz divina presente no Rabi, a irradiar-se soberana ...
(...) 
Jesus é Paz!
Quantos se Lhe acercam, transformam-se, harmonizando-se.
(...)
Saiu a irradiar a soberana luz do amor e da esperança, que até hoje fulge, dominadora, no acume da montanha das humanas dificuldades, apontando rumos... "

Já no primeiro capítulo diz, a autora espiritual, que o amor  de Jesus era mais forte que a sua voz; a voz era suave e doce, enquanto o amor era poderoso e vital. Fala das curas de Jesus, diz que "Jesus é a Autoridade e os Espíritos atendem". Depois, diz: "não há maior autoridade do que aquela que lhe é própria, a que é adquirida e não a que é concedida por empréstimo e pode ser retirada".  Quando falando ainda das curas feitas por Jesus diz: "Irradia-se a inapagável Luz dos Séculos. Nunca mais a noite se fará total..." Alguns parágrafos depois, diz: "Nada supera o Rabi, no mundo de Deus, que Ele elaborou sob a proteção do Pai"E, também anuncia: "O amor de Deus, refletido em Jesus, não tem limite". E finaliza este comentário inicial dizendo: "As sementes, todavia, dormem no solo da quadra outonal em que as almas se demoram, para emergirem, logo mais, em embrião, reflorindo ao claro sol da Era Nova da eterna primavera que já começa..."
(Espero os comentários mais detalhado de Haroldo sobre os ciclos para ver o que ele nos diz sobre a chegada da primavera...).

Ainda na introdução ou no seu primeiro comentário do livro,  Amélia  nos diz:
"A Boa Nova de Jesus, neste momento grave, é a segura diretriz, a solução para todos os problemas do instante que se vive. (...) 
Não obstante as aflições, as apreensões existentes na consciência humana quase generalizadas, a mensagem do Cristo permanece viva, e obreiros do seu Evangelho levanta-se para proclamar a "hora chegada", o amanhã melhor.
Nem todos enxergam a beleza que já reponta na Terra sofrida.
Há flores no caminho, aguardando os homens que estejam dispostos a vencer as distâncias emocionais e espirituais que os separam, a conquistar os espaços morais! 
O convite é o mesmo que ontem Ele nos fez e agora nos chega sob óptica nova, profunda, compatível com a época em que nos encontramos. "
Que esse texto possa nos ajudar a refletir, sendo mais uma referência, que confirma a veracidade dos ensinamentos do Cristo... e o Seu importantíssimo e  indispensável papel entre nós e que, principalmente, seja uma instrumento que possa, pelo menos, amenizar esse momento de tanto negativismo e desesperança em nossas almas. Permitamos que a  Luz penetre em nossos pensamentos, e inunde as nossas vidas."Hoje é o dia e agora o momento de decidir, de optar: Cristo ou César!" diz  Amélia Rodrigues.   

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Jesus o representante do Pai na Terra

O livro O Consolador na questão 283 que nos fala de Jesus, e diz:
283 - Com referência a Jesus, como interpretar o sentido das palavras de João: "E o Verbo se fez carne e habita entre nós, cheio de graça e verdade"?

- Antes de tudo, precisamos compreender que Jesus não foi um filósofo e nem poderá ser classificado entre os valores propriamente humanos, tendo-se em conta os valores divinos de sua hierarquia espiritual, na direção dos coletividades terrícolas.
Enviado de Deus, ele foi a representação do Pai junto do rebanho de filhos transviados do seu amor e da sua sabedoria, cuja tutela lhe foi confiada nas ordenações sagradas da vida no Infinito.
Diretor angélico do orbe, seu coração não desdenhou a permanência direta entre os tutelados míseros  e ignorantes, dando ensejo às palavras do apóstolo, acima referidas. 

Já na questão 288 do mesmo livro encontramos: 
288- "Meu Pai e eu somos Um". _ Poderemos receber mais algum esclarecimento sobre essa afirmativa? 

- A afirmativa evidenciava a sua perfeita identidade com Deus, na direção de todos os processos atinentes a marcha evolutiva do planeta terrestre. 

E, na questão 312 encontramos: Como interpretar a afirmativa de João: "Três são os que fornecem testemunho no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo"?
- João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e a legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias na organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.    

Como podemos ver nas questões acima expostas do livro O Consolador de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, Jesus é como temos estudado "o enviado de Deus", o ser mais perfeito que já esteve encarnado no planeta Terra, um dos Cristos do sistema solar e o responsável pelo orbe terrestre. 
Agora buscando  na introdução do livro A Caminho da Luz, encontramos:

"... as línguas são formas de expressão,  caminhando para expressão única da fraternidade e do amor, e os povos são os membros dispersos de uma grande família trabalhando para o esclarecimento definitivo de sua comunidade universal. Seus filhos mais eminentes, no plano dos valores espirituais, são agraciados pela Justiça Suprema, que legisla no Alto para todos os mundos do Universo, e podem visitar as outras pátrias siderais, regressando ao orbe, no esforço abençoado de missões regeneradoras dentro das igrejas e das academias terrenas.
Na tela mágica de nossos estudos, destacam-se missionários que o mundo muitas vezes crucificou  na incompreensão das almas vulgares, mas, em tudo e sobre todos, irradia-se a luz desse fio de espiritualidade  que diviniza a matéria, encadeando o trabalho das civilizações, e, mais acima, ofuscando o écran das nossas observações e dos nosso estudos, vemos a fonte de extraordinária luz, de onde parte o primeiro ponto geográfico desse fio de vida e de harmonia, que equilibra e satura toda a Terra numa apoteose de movimento e divinas claridades. 
Nossos pobres olhos não podem divisar particularidades nesse deslumbramento, mas sabemos que o fio de luz e de vida está nas suas mãos. É Ele quem sustenta todos os elementos ativos e passivos da existência planetária . No seu corações augusto e misericordioso está o Verbo do princípio. Um sopro de sua vontade pode renovar todas as coisas, e um gesto seu pode transformar a fisionomia de todos os horizontes terrestres.
(...)
O determinismo do amor e do bem é a lei de todo o Universo e a alma humana emerge de todas as catástrofes em busca de uma vida melhor.
Só Jesus não passou, na caminhada dolorosa das raças, objetivando a dilacerações de todas as fronteiras para o amplexo universal. Ele é a Luz do princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a humanidade terrestre. Seu mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. Todas as coisas humanas passaram, todas as coisas humanas se modificaram. Ele, porém, é a Luz de todas as vidas terrestres, incansável ao tempo e à destruição.
(...) cumpre-nos voltar os olhos súplices para a infinita misericórdia do Senhor, implorando-lhe paz e amor para todos os corações.

E no primeiro capítulo deste livro Emmanuel já fala em Jesus como um dos membros da comunidade de Espíritos puros e eleitos por Deus, e que tem nas mãos as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. 
E no último capítulo do livro que tem como título O Evangelho e o Futuro, Emmanuel nos diz: "Trabalhemos por Jesus, ainda que a nossa oficina esteja localizada no deserto das consciências. 
Todos somos chamados ao grande labor e o nosso mais sublime dever é responder aos apelos do Escolhido. 
Lembremos a misericórdia do Pai e façamos as nossas preces. a noite não tarda e, no bojo de suas sombras compactas, não nos esqueçamos de Jesus, cuja misericórdia infinita, como sempre será a claridade imortal da alvorada futura, feita de paz, de fraternidade e de redenção."


                                                         



terça-feira, 6 de outubro de 2015

Soberanas Leis

No livro Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda, Joanna de Ângelis inicia o capítulo I, que tem como título Soberanas Leis comentando o Capítulo I , item 3 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, ela começa citando o Evangelho de Mateus, capítulo V, versículo 17:  "Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas..." e em seguida começa o seu texto dizendo: 

"A Lei natural, que vige em todo o Universo, é a de Amor, que se exterioriza de Deus mediante a Sua criação. 
O Cosmo equilibra-se em parâmetros de harmonia inalterada, porque procede de uma Casualidade inteligente que tudo estabeleceu em equilíbrio.
Essa ordem espontânea é sempre a mesma em toda parte, expressando-se como modelo para a conquista integral de todas as coisas, particularmente do Eu profundo, que dorme em latência nos seres aguardando os fatores propiciatórios à sua manifestação."

Devemos perceber no trecho acima que a Lei é a mesma em todo o Universo, como temos visto em nossos estudos de Gênesis de Moisés, e essa Lei é a lei de Amor que sai de Deus e se exterioriza na Sua Criação. Como vimos no nosso estudo a irradiação do Amor de Deus que nos atinge a todos pois estamos mergulhados nesse Amor ou, como nós espíritas dizemos, no fluido cósmico.

Em seguida Joanna nos fala da sombra dominante  no princípio. E acrescenta:

"Inconscientes da sua realidade imortal, o ser é atraído para a Grande Luz libertadora, experimentando os embates internos que o desalojam da concha vigorosa onde se encarcera, facultando-lhe os primeiros vôos do discernimento e da razão com promessas de plenitude.
Como efeito inevitável, a inspiração superior vem trabalhando em nome dessa Lei, para que o Espírito modele as asas para a ascensão, através de disciplinas morais e socais, mediante as quais aprende a dominar os impulsos e racionalizá-lo, para que no futuro consiga introjetar o sentimento profundo do amor e, mergulhado conscientemente na Lei Natural, consiga utilizar-se da intuição ou comunicação direta com o Pensamento Universal espaiado em toda parte, ascendendo aos planos da felicidade que almeja."

 O termo "como efeito inevitável" nos faz ver que é inevitável o encontro com Deus, com a Sua Luz, não temos como fugir da compreensão da Sua presença em nossas vidas. Essa compreensão acontecerá mais cedo ou mais tarde na vida de todas as pessoas e o parágrafo nos mostra  que necessitamos estar  mergulhados conscientemente na Lei Natural. Aqui vemos a ideia de fluido cósmico "o mar" em que estamos mergulhados e  que, o pensamento de Deus se encontra presente neste "mar" e quando estivermos mergulhados nele de forma consciente poderemos ou  passaremos a  utilizar da intuição ou comunicação direta com o Pensamento Universal, com o  pensamento de Deus que esta em toda parte, só assim alcançaremos a felicidade que buscamos.


"Moisés houvera estabelecido por inspiração e observação os códigos essenciais ao processo de liberação da sombra e elaborou o Decálogo conduzindo o Psiquismo Divino, tornando-o indestrutível, paradigma para todas as demais leis, por conter em essência o fundamento do respeito a Deus, à vida, aos seres em geral e a si mesmo em particular."
Em seguida Joanna de Ângelis fala, como foi visto na citação acima, de Moisés e de que ele  elaborou Os Dez Mandamentos.  E que estes mandamentos  contém na sua essência o fundamento do respeito a Deus, à vida, aos seres em geral e a si mesmo em particular.
Após muitas citações relativas a época, em que fala das leis vigentes e do surgimento dos primeiros códigos morais e legais. Joanna começa a falar do papel de Jesus, dizendo:

"Jesus, o Homem excelente, chegou à Terra e defrontou a ignorância em predomínio trazendo a mensagem de amor que jamais fora apresentada antes na formulação de que Ele se fazia portador."

Explica como o amor era visto àquela época principalmente nos homem, fala das barbaridades do período, e após alguns comentários históricos  diz:

"Esse barbarismo conceptual encontrava a sua extravagante inspiração na Bíblia, interpretada de forma conveniente e dominadora em desserviço das admiráveis imagens que revestem o pensamento original e podem ser decodificadas pela moderna psicologia profunda, como também pela psicanálise, retirando os mitos nela existentes e configurando os arquétipos que prosseguem no inconsciente individual e coletivo de todas as criaturas humanas.
Jesus não foi o biótipo de legislador convencional. Ele não veio submeter a Humanidade nem submeter-se às Leis vigentes. Era portador de uma revolução que tem por base o amor na sua essencialidade mais excelente e sutil, e que adotado transforma os alicerces morais do indivíduo e da sociedade".
 Nesse parágrafo podemos ver claramente a ligação existente entre o texto  e os comentário de Haroldo quando diz que o Antigo Testamento foi "violentado" durante séculos, foi interpretado de modo equivocado e que por isso "precisa ser revisto, revisitado".

E Joanna continua dizendo que:
A superioridade moral e espiritual de Jesus entendeu a necessidade, não a primazia desse código perverso, e submeteu-se, pois Ele viera também para dar exemplo dos postulados que recomendava, considerando respeitáveis os profetas e os legisladores que as estabeleceram nos seus respectivos períodos. todavia Ele trazia uma nova versão da realidade, centrada no ser imortal, procedente do mundo espiritual e a ele volvendo, o que alterava a estrutura da justiça, que não mais deveria ser punitiva-destrutiva, mas educativa-reabilitadora. 
O ser humano erra por ignorância ou rebeldia,(...) sem conhecimento profundo do significado existencial, do valor de si mesmo.
(...)
O ensinamento de Jesus fundamenta-se na evolução do Self, iluminando a sombra e vencendo-a. 
(...)
Todo o objetivo da Boa Nova que Ele trouxe centra-se no futuro do Espírito, na sua emancipação total, na sua incessante busca de Deus.
Tornando-se o Caminho, a Sua é a Verdade que conduz à Vida, à plenitude, ao armazenamento de sabedoria e de amor. 
(...) No entanto diante da Consciência Cósmica, a escala de valores é feita mediante condutas essenciais, aquelas que são do ser em si mesmo responsável e assume as consequências dos seus hábitos perante a vida.
Todo o Seu verbo está exarado em linguagem programada para resistir aos tempos de evolução do pensamento e abrir espaços para as repercussões sociológicas e espirituais, éticas essenciais e morais seguras através dos diferentes períodos da Humanidade. 
Ocultando grandes verdades em símbolos compatíveis com a compreensão do momento, utilizou-se com sabedoria dos conteúdos dos hábitos diários para compor o mais admirável hino de louvor á vida de que se tem conhecimento.
Suas parábolas, argamassadas com o cimento das leis do cotidiano, são discursos para todos os períodos do desenvolvimento sócio-psicológico das criaturas. Não obstante, fez grande silêncio em torno de verdades mais transcendentes que poderiam ser desnaturadas por falta de amadurecimento evolutivo e psicológico dos Seus coevos, impossibilitados mesmo de registrar o pensamento, que sofreria, inevitavelmente, mutilações, adaptações, adulterações de acordo com os interesses vigentes em cada estágio da evolução.
(...) 
Na perspectiva, portanto, da psicologia profunda, a Lei de amor está inserta no ser legítimo, trabalhando-o sem cessar fato ao fatalismo da evolução nele predominante, ao tempo em que os conceitos de imortalidade, de comunicabilidade do Espíritos após a morte e de reencarnação pudessem receber o aval da ciência investigadora, abrindo novos horizontes para o amadurecimento psicológico, gerador da felicidade humana.
Por isso, o enunciado de Jesus: Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas, é de significado relevante e essencial, ensinando que, mesmo diante de leis injustas e imposições apaixonadas, o ser lúcido não deve criar embaraços ou temer as injunções negativas, porquanto, na sua liberdade interior, nada de fora consegue alcançá-lo realmente, exceto a sabedoria da Lei Natural inserta na sua consciência.

Com a análise destes parágrafos podemos perceber que Joanna nos mostra a ação do fluido cósmico e  nos diz que este atua em todo o Universo que nele está o Pensamento Divino, mostra a  importância da primeira revelação e diz que ela foi deturpada para que se pudesse manter os  interesses sociais  e políticos da época.  Fala também da missão de Jesus, do Seu papel como modelo e guia da Humanidade, o respeito  que Ele tinha a Moisés e aos profetas, a Sua dificuldade com as palavras ao propor Seus  ensinamentos em um período de infância  espiritual dos seres. 
Agora pergunto: E nós? Estamos compreendendo as lições que nos foram e estão ainda sendo oferecidas pelas revelações divinas? 
Achei que esse capítulo de Joanna de Ângelis tem haver com os estudos de Gênesis e com os comentários de Haroldo ... 

Texto baseado no estudo de Gênesis do Portal Ser e no   livro Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda do espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, capitulo 1, que tem como título Soberanas Leis.

Clique aqui para ter acesso a todos artigos relacionados com o tema no blog.

sábado, 3 de outubro de 2015

Fluido Cósmico na Doutrina Espírita

Na questão 27 de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta: 


 27 - Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito?
A resposta dos espíritos:
"Sim e acima de tudo Deus, o criador, o Pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o fosse. Esta colocado entre o espírito e a matéria; e fluido, como a matéria e matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, e o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá."

a) Esse fluido será o que designamos pelo nome de eletricidade?

"Dissemos que ele é suscetível de inúmeras combinações. O que chamais fluido elétrico, fluido magnético, são manifestações do fluido universal, que não é, propriamente falando, senão matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar independente."

Precisamos pensar em Deus como Deus do Universo, pensando em um Deus de bilhões de galáxias e não apenas de um Deus da Terra. "Tirando Deus e os espíritos tudo mais é fluido cósmico, é o fluido universal". Se observarmos o átomo, veremos que ele é a união de prótons, elétrons e nêutrons e é o fluido cósmico quem promove essa união, sem ele a matéria estaria em perpétuo estado de divisão. Ele é a matéria mais perfeita mais sutil e independente.  
No tempo de Kardec esse conceito era de mais difícil compreensão. Os cientistas falam hoje em Matéria Escura, que não está sujeita a gravidade, não pode ser medida e não é visível. Os cientistas estimam que 96% do Universo é formado pela Matéria Escura. No tempo de Kardec o materialismo imperava, hoje com os novos conceitos, o materialismo esta precisando de uma fundamentação pois não encontra apoio nos novos conceitos da física moderna. O fluido cósmico provavelmente é uma substância ainda mais sutil que a "matéria escura". Nos tempos de Kardec, o que se conhecia era que a matéria era ponderável, uma das propriedades fundamentais da matéria era a ponderabilidade, a matéria era tida como algo que podemos ver e tocar. Imponderabilidade da matéria é algo relativamente novo na ciência.
Hoje sabemos que tudo é energia; atrativa ou repulsiva.

Em O Livro dos Espíritos, questão 29 - A ponderabilidade é um atributo essencial da matéria? A resposta dos espíritos: "Da matéria como a entendeis, sim; não, porém, da matéria considerada fluido universal. A matéria etérea e sutil que constituí esse fluido vos é imponderável. Nem por isso, entretanto,  deixa de ser o princípio da vossa matéria pesada."  A gravidade é uma propriedade relativa. Fora das esferas de atração dos mundos não há peso, do mesmo modo que não há alto nem baixo. 

Já na questão 282, Kardec pergunta: Como se comunicam os espíritos? "Eles se veem e se compreendem. A palavra é material, é o reflexo do espírito. O fluido universal estabelece entre eles constante comunicação; é o veículo da transmissão de seus pensamentos, como, para vós, o ar o é do som.É uma espécie de telegrafo universal, que liga todos os mundos e permite que os Espíritos se correspondam de um mundo a outro."

O fluido cósmico é o veículo de transmissão do pensamento como o ar transmite a palavra. Quando falamos, nossas cordas vocais vibram de uma forma e ao receber essa onda o nosso tímpano , vibra da mesma forma, e assim entendemos a palavra falada. A transmissão via internet, isso também acontece, mas possui um decodificador, que serve como intermediário, as ondas eletromagnéticas que decodificam o sinal da nossa voz e assim, pode chegar ao mundo inteiro.

Também em Livro dos Espíritos na questão 455, que trata dos médiuns inconscientes ou do 'sonambulismo', lemos: (...) No estado de desprendimento em que fica colocado, o Espírito do sonambulo entra em comunicação mais fácil com os outros Espíritos encarnados ou não encarnados, comunicação que se estabelece pelo contato dos fluidos, que compõem os perispíritos e servem de transmissão ao pensamento, como o fio elétrico. O sonâmbulo não precisa, portanto, que se lhe exprimam os pensamentos por meio da palavra articulada. Ele os sente e adivinha. É o que o torna eminentemente impressionável e sujeito a influências da atmosfera moral que o envolva. 

O médium capta o pensamento dos espíritos e ao captar ele os interpreta, disto decorre a influência nas comunicações. É preciso um preparo e conhecimento individual do médium para que a mensagem possa ser corretamente interpretada. Esse conhecimento pode ser de outras vidas, lembremos do Chico.
O Fluido cósmico é o grande veículo do pensamento universal e onde estamos mergulhados. E, por isso, estamos todos interligados.

Em Gênesis não vemos quando a água foi criada, o texto fala apenas que foi separada. Em Noé, o elemento corretivo no diluvio foi a água.
E isso nós remete a uma conclusão importante:  O mecanismo pelo qual a providência divina toma conta de tudo e nada escapa da sua visão é o fluido cósmico.
A física de hoje tem muitas teorias ainda polêmicas, o "multiversos", imaginemos o universo como um queijo todo furado, os furos são os universos. É um conceito que se interlaça com o fluido cósmico. A maneira como o universo se expande é algo que a ciência ainda não consegue explicar. Uma das teorias que explica isso é justamente a de multiversos.

No livro Ceifa de Luz, Capítulo 44, que tem como título "Oraremos", temos:
"E esta é a confiança que temos para ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve." (I João, 5:14)
Exporemos em prece ao Senhor os nossos obstáculos, pedindo as providências que se nos façam necessárias à paz e á execução dos encargos que a vida nos delegou;; entretanto, suplicaremos também a ele nos ilumine o entendimento, para que lhes saibamos receber dignamente as decisões.
Não nos esquecemos de que a nossa capacidade visual abrange, mais ou menos, unicamente o curto espaço dos sessenta segundos do minuto, enquanto que o Senhor, que nos acompanhou as numerosas existências passadas - existências que conservas agora na Terra, temporariamente esquecidas -, nos conhece o montante das necessidades de hoje e de amanhã.
Tenhamos suficiente gratidão para não suprimir-lhe a benção. 
A providencia Divina possui os recursos e caminhos que lhe são próprios para alcançar-nos.
Quando encarnados no plano físico, se na posição de enfermos, costumamos implorar do céu a dádiva da saúde corpórea, na expectativa de obter um milagre e, às vezes, o Céu nos responde com a imposição de um bisturi, que nos resgue as entranhas, de maneira a reconstituir-nos o equilíbrio orgânico.
Simbolicamente, ocorrem circunstancias idênticas no quadro espiritual de nossa vida cotidiana. 
Rogamos a Deus a presença da felicidade em nossos dias, segundo a concepção com que imaginamos, mas somos, via de regra, portadores de certos defeitos, que nos impediriam acolhê-la, sem agravar as próprias dívidas, e Deus, em muitos casos, nos envia primeiramente o espinho da provação, que nos faculte a experiência precisa para recebê-la em momento oportuno, como determina o recurso operatório para o corpo doente, antes que se restaure a saúde. 
Oraremos, sim; no entanto, é imperioso, em matéria de petição, rogar isso ou aquilo ao Senhor, sempre de acordo com Sua Vontade, porque a Vontade do Senhor inclui, invariavelmente, a harmonia e a felicidade de nossa vida.

Deus nos prepara para receber suas bençãos, nossos pedidos são atendidos e eles não se fazem apenas através da palavras, nós vibramos aquilo que queremos. Deus a nos responder é infinitamente inteligente, mas também , infinitamente amoroso e é sempre a nosso favor, ainda que pareça algumas vezes contra nós. 


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O afastamento de Deus

O livro  Gênesis de Moisés nos fala do afastamento de Deus, mostrando que quando nos afastamos de Deus sentimos medo, insegurança, sensação de escassez, é como se estivéssemos em eterno perigo, e viver assim nos leva a praticar ações violentas, agressões e a enxergarmos somente caos diante de nós. É uma vida em eterna escassez e em eterno perigo. Como se estivéssemos em uma floresta desconhecida sozinhos e abandonados. Todos os sentimentos que almejamos de paz, felicidade e segurança está presente na comunhão com Deus. É esta comunhão  que anseia todo ser humano.  
O grande problema de Adão e Eva em Gênesis não é o "pecado", essa palavra nem é usada no texto de Moisés, o grande problema é o afastamento de Deus e, por isso, a perda da comunhão. 
A grande questão é quando nos distanciamos de Deus, e deixamos de olhar para "dentro" e olhamos para "fora", e buscamos saciar a nossa "fome" em coisas externas; nas relação afetiva, nos bens materiais, nos títulos acadêmicos etc.. Este afastamento promove sempre experiência, mas tudo que está fora é mutável. A dor de buscar a felicidade na abundância de bens materiais que com certeza iremos perder uma dia, ou com a morte do corpo físico ou com uma falência por exemplo, assim como a dor de valorizarmos nossa experiência a partir do corpo físico, com o culto ao corpo ou com vícios de diversas naturezas. Assim, quando morremos, deixamos o corpo quando envelhecemos perdemos a beleza física. 
Nós, Espíritos, sempre vamos, as coisas ficam, elas passam por nós mas não são eternas.  Deus fica para sempre conosco, só Deus é FIEL. A fidelidade de Deus está no sentido que "só Deus fica para sempre conosco", tudo mais passa. Afetos, estabilidade, recursos, corpo físico... 
Deus está presente sempre por mais que pensemos estar separados Dele ou quando viramos as costa para Deus, ainda assim, Ele está presente e basta um querer de Deus e Ele se manifesta de todas as formas possíveis. 
Ao morrermos estaremos sós, apenas Deus permanece conosco. 
A evolução é um processo de desmaterialização, precisamos de muitos séculos para que nossa consciência se sobreponha as coisas materiais. Precisamos de palavras para nos comunicarmos, não sabemos ainda nos comunicar de outra forma; o olhar, a expressão, esses são recursos mais desmaterializados. 
Ao compreendermos a importância de nos reconectarmos com Deus, usando a fé raciocinada, a fé capaz de ler no 'livro da natureza' a 'lei de Deus', lei essa que está presente na Natureza, no Cosmo, no Fluido Cósmico e em cada um de nós.