Numa visão Espírita

Textos baseados no Estudo do livro Gênesis de Moisés transmitido no portal SER com Haroldo Dutra Dias. Com a utilização dos resumos postados no Grupo de Estudos de Gênesis no Facebook. Qualquer erro gramatical, textual, morfossintático, ortográfico, etc é de responsabilidade exclusiva da administração do Blog.




sexta-feira, 29 de maio de 2015

Fluido Cósmico, Fluido Vital e Perispírito


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Perispírito

Para saber o que é o perispírito, o vídeo abaixo,  mostra como a doutrina espírita explica o que é o perispírito de uma forma dinâmica e divertida:



Na questão 94, de O Livro dos Espíritos temos: 
94. De onde tira o Espírito o seu envoltório semi-material?
"Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa."
a) Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm ao nosso meio, tomam um perispírito mais grosseiro?
"É necessário que se revistam da vossa matéria, já o dissemos."
Quando um Espírito muda de planeta  o seu perispírito sofre alterações, cada planeta tem o fluido cósmico diferenciado.
Emmanuel diz que a base fluídica da terra é o fluido cósmico universal modificado e único. 

O Livro dos Espíritos na questão 150, Kardec pergunta aos Espíritos: 
150. A alma, após a morte, conserva a sua individualidade?
"Sim; jamais a perde. Que seria ela, se não a conservasse?"
a) Como comprova a alma a sua individualidade, uma vez que não tem mais corpo material?
"Continua a ter um fluido que lhe é próprio, haurido na atmosfera do seu planeta, e que guarda a aparência de sua última encarnação: seu perispírito."
b) A alma nada leva consigo deste mundo?
"Nada, a não ser a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor, lembrança cheia de doçura ou de amargor, conforme o uso que ele faz da vida. Quanto mais pura for, melhor compreenderá a futilidade do que deixa na Terra."
Já na questão 257, encontramos:
257. (...) O perispírito e o laço que a matéria do corpo pende o Espírito, que o tira do meio ambiante, do fluido universal. Participa ao mesmo tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que e a quintessencia da matéria. E o princípio da vida orgânica, porém, não o dá vida intelectual, que reside no espírito. E, além disso, o agente das sensações exteriores. No corpo, os órgãos, servindo-lhes de condutos, localizam essas sensações. Destruindo o corpo, elas se tornam gerais. Daí o Espírito não dizer que sofre mais da cabeça do que dos pés, ou vice-versa. Não se confundam, porém, as sensações do perispírito, que se tornou independente, com as do corpo. Estas últimas só por termo de comparação as podemos tomar e não por analogia. Liberto do corpo, o Espírito pode sofrer,mas este sofrimento não é corporal, embora não seja exclusivamente moral, como o remorso,pois que ele se queixa de frio e de calor. Também não sofre mais no inverno do que no verão: temo-los visto atravessar chamas, sem experimentarem qualquer dor.
O poema  Matéria Cósmica, de Augusto dos Anjos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, publicado no livro Parnaso de Além-Túmulo. Foi musicado, ouça a música e acompanhe a letra.


 Matéria Cósmica, Augusto dos Anjos
Glória à matéria cósmica, a energia
Potencial que dá vida aos elementos,
Base de portentosos movimentos 
Onde a forma se acaba e principia.

Sistematização dos argumentos
Que elucidam a Teleologia:
Dentro da força cósmica se cria
a fonte-máter dos conhecimentos.

É do mundo o Od ignoto, o éter divino,
Onde Deus grava a história do destino
Dos seus feitos de Amor no Amor imersos.

Livro onde o Criador Inimitável
Grava, com o pensamento almo e insondável,
Seus poemas de seres e universos.


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Fluido magnético e fluido elétrico - Eletromagnetismo

Como nos dizem os Espíritos em O Livro dos Espíritos o fluido vital é uma das muitas modificações do fluido cósmico.  Vimos também que os "elementos orgânicos, antes da formação da Terra se encontravam no espaço em estado de fluido, no meio dos Espíritos ou em outros planetas, a espera da criação da terra para começarem a existência em novo globo." (questão 45). Já na questão 65, temos que "o princípio vital tem por fonte o fluido universal. É o que chamamos de fluido elétrico, fluido magnético", hoje conhecido como eletro-magnetismo, mas é um eletro-magnetismo diferente do conhecido pela ciência terrestre. Diz, também,  que  "é o intermediário, o elo existente entre o espírito e a matéria". 

O eletro-magnetismo
Os séculos XVIII e XIX assistiram um grande desenvolvimento da Mecânica de Newton. O próprio Newton aplicou sua teoria ao movimento dos planetas, explicando características básicas do sistema solar. Capra, no Livro o Tao da Física, diz que "Seu sistema planetário (de Newton), era contudo extremamente  simplificado, negligenciando, por exemplo, a influência gravitacional mútua dos planetas, descobrindo assim que havia algumas irregularidades que ele não foi capaz de explicar. Para superar o problema, Newton partiu do pressuposto de que Deus se encontrava sempre presente no Universo de modo a corrigir essas irregularidades."
A Laplace foi atribuída a tarefa de depurar  e aperfeiçoar os cálculos de Newton. Laplace demonstrou que as leis de newtonianas do movimento asseguravam a estabilidade do sistema solar e tratava o universo como uma máquina auto-reguladora. O enorme sucesso do modelo mecanicista de Newton fez com que os físicos do início do século XIX acreditassem que o universo era na verdade, um imenso sistema mecânico funcionando de acordo com as leis newtonianas do movimento. Essas leis eram consideradas as leis básicas da natureza e a Mecânica de Newton era encarada como a teoria última dos fenômenos naturais. Só que, uma nova realidade da física foi descoberta, trazendo à tona as limitações do modelo de Newton e demostrando que nenhuma de suas características tinham validade absoluta.
Essa nova concepção foi gerada pelos progressos  feitos ainda no século XIX e preparou o surgimento  de mudanças científicas significativas. 
O primeiro desses progressos consistiu na descoberta e investigação dos fenômenos elétricos e magnéticos, que não podiam ser adequadamente descritos pelo modelo mecanicista e que envolviam um novo tipo de força. Esse passo fundamental foi dado por Michael Faraday e James Clerk Maxwell. Quando Faraday produziu uma corrente elétrica numa bobina de cobre ao movimentar um magneto perto dela - e dessa forma convertendo em energia elétrica o trabalho mecânico de movimentar o magneto -, ele levou a ciência e a tecnologia um ponto crítico. Seu experimento fundamental gerou, por um lado a vasta  tecnologia da energia elétrica; por outro, lançou a base da especulação teóricas, suas e de Maxwell, que acabaram por dar origem a uma teoria completa do electromagnetismo. Faraday e Maxwell não estudaram apenas os efeitos das forças elétricas e magnéticas; indo mais além, tornaram essas mesmas forças o objeto básico da sua investigação. Faraday e Maxweel substituíram o conceito de força pelo de campo de força; ao faze-lo, foram os primeiros a ultrapassar os limites da Física newtoniana.
Em vez de interpretar a interação entre uma carga positiva e uma carga negativa simplesmente afirmando que as duas se atraem mutuamente ( semelhança de duas massas na Mecânica newtoniana). Faraday e Maxwell acharam mais apropriado afirmar que cada carga gera uma "perturbação", ou uma "condição", no espaço circunvizinho de tal forma que a outra carga, quando se acha presente, sente uma força. Essa condição no espaço, que apresenta o potencial de produzir uma força é denominado campo, sendo criado por uma única carga, existindo ainda que uma outra carga  não seja trazida para sentir seu efeito.
Tratava-se de uma transformação bastante profunda na concepção humana da realidade física. Na visão newtoniana, as forças se encontravam rigidamente vinculadas aos corpos sobre os quais agiam. Agora, o conceito de força era substituído por um conceito mais sutil, o conceito de "campo", que possuía sua própria realidade e podia ser estudado sem qualquer referência a corpos materiais. O auge dessa teoria , a eletrodinâmica, consistiu  na percepção do fato de que a luz ou os raios X são ondas eletromagnéticas, campos magnéticos e elétricos oscilatórios, que diferem unicamente pela frequência de suas oscilações; e mais: sabemos que a luz visível é apenas uma fração ínfima do espectro eletromagnético. 

Apesar dessas transformações tão amplas, a Mecânica newtoniana manteve, de início, sua posição como base de toda física.  O próprio Maxwell tentou explicar os resultados que obtivera em termos mecânicos, interpretando os campos como estado de fadiga mecânica num meio extremamente sutil denominado éter, que enchia o espaço todo, e as ondas eletromagnéticas como ondas elásticas desse éter. Nada mais natural, aliás, uma vez que as ondas  são usualmente experimentadas como vibrações de alguma coisa: ondas de água como vibrações da água; ondas sonoras como vibrações do ar. Maxwell , entretanto, utilizou diversas interpretações mecânicas de sua teoria, sem aparentemente levar nenhuma delas a sério. 
 Foi Einstein quem reconheceu com clareza esse fato cinquenta anos depois, ao declarar que o éter não existia e que os campos eletromagnéticos eram entidades físicas por direito próprio, capazes de percorrer o espaço vazio e que não podiam ser explicados mecanicamente. 
Muita coisa já mudou agora em relação a esse "espaço vazio" mas, isso é coisa para o estudo da matéria escura...
O importante é que no início do século XX os físicos já dispunham de duas teorias que poderiam ser adequadamente aplicadas a diferentes fenômenos: a Mecânica de Newton e a eletrodinâmica de Maxwell. A primeira deixara de ser a base de toda a física.
Na Eletrodinâmica clássica, a teoria de Maxwell e Faraday, os campos são entidades físicas primárias que podem ser estudadas sem qualquer referência a corpos materiais. Campos elétricos e magnéticos em vibração podem deslocar-se através do espaço sobre a forma de ondas de rádio, de ondas de luz ou de outras modalidades de radiação eletromagnética. 

Mas o pensamento não faz parte desse tipo de magnetismo como foi provado no experimento de Faraday, pois, enquanto Maxwell era um teórico, Faraday foi um dos maiores experimentadores de todos os tempos. Em suas experiência, comprovou que  os pensamentos atravessam tranquilamente as paredes da "gaiola de Faraday". 

Veja este vídeo:

 Ou quem sabe este mostre melhor, mas aconselho que abaixe o som:


Já foram feitas, também, experiências com sensitivos e se observou que todas as ondas são bloqueadas pela "gaiola de Faraday", exceto o pensamento. 
Desse modo, como nos diz os espíritos na questão 65 de O Livro dos Espíritos, o pensamento é um tipo de eletromagnetismo diferente deste estudado na Eletrodinâmica clássica de Faraday e Maxwell,  ele é  intermediário, um elo entre o espírito e a matéria. O espírito transmite o seu pensamento ao corpo  físico através do fluido vital, também, intermediário entre o espírito e a matéria - um eletromagnetismo diferenciado, animalizado.

Texto foi  baseado nos livros:

  • A Dança do Universo -Marcelo Gleiser;
  • O Tao da Física - Fritjot Capra; 
  • Uma Nova História do Tempo - Stephen Hawking; 
  • Alice no país do Quantum - Robert Gilmore;
  • Máquina do Tempo - Mário Novello
  • O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.


terça-feira, 19 de maio de 2015

Fluido cósmico e fluido vital

Este  estudo busca levar a perspectiva espírita para a interpretação do livro Gênesis de Moisés Para isso, não podemos abrir mão da visão que a doutrina espírita nós oferece que é a da existência de uma 'religião cósmica', visão está, que Kardec nos ofereceu a partir da codificação espírita. 
E, o homem, sem dúvida, é um elemento muito importante desta religião cósmica, pois todos nós fazemos parte de uma grande Família Universal. É importante  lermos, não só o livro Gênesis de Moisés como também todos os livros da Bíblia, nesta perspectiva. Pois, temos que compreender o Universo num contexto mais amplo, com uma abrangência cósmica e, é nesta perspectiva que a "água", escrita nos primeiros versículos do texto, pode e deve, pelo menos neste estudo, ser considerada como o fluido cósmico universal. 
O fluido é um dos estados da matéria. A Ciência cogita hoje vários estados da matéria e não só os famosos (sólido, líquido, gasoso) dos cursos de ensino médio e fundamental.  Novos conceitos vêm sendo acrescentados aos estudos relacionados a matéria, com isso a Ciência vem admitindo outros estados, como exemplo podemos citar o plasma, a matéria radiante, a matéria escura... e por falar em matéria escura sabemos que ela é responsável pela expansão do Universo, e não possui nenhum dos atributos da matéria que nós conhecemos. 
Em O Livro dos Espíritos vemos que Kardec traz conceitos de matéria que não existiam à época em que o livro foi escrito. Ele diz que a matéria pode assumir estados desconhecidos. 
Hoje vemos a física quântica trazendo novos conceitos relacionados a matéria. Ao estudarmos a matéria temos várias teorias, que vão sendo formadas no decorrer dos séculos, mas a verdade é que nenhuma delas explica de forma plausível a matéria, sua formação, suas sutilizas, suas transformações, suas propriedades e estados. A teoria utilizada hoje nas universidades e nos ensinos fundamental e médio é a Teoria atômica de Bohr. Só que o Modelo atômico de Bohr serve perfeitamente  para átomos com poucos elétrons, mas para átomos mais complexos como o átomo do urânio, por exemplo,  ela apresenta sérias dificuldades de explicar o movimento dos elétrons nas suas órbitas.

Assista  o vídeo abaixo que mostra a Teoria de Bohr.


A verdade é que a ciência moderna está tendo sérias dificuldades para explicar a matéria, hoje  depois da descoberta de sub-partículas cada vez menores e formadas sempre por vazio  e também, com com o surgimento do conceito de matéria escura. Pois hoje não se sebe o que é a matéria que está presente em 96% do espaço universal. 
No livro A Gênese, Cap. XIV, item 2,  Kardec fala do fluido cósmico e descreve como o elemento primordial. (Eu já havia citado este item em postagem anterior).
2 - O fluido cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da natureza. (Cap. X)Como princípio elementar do universo, ele assume dois estados distintos: o de eterização ou de imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermediário é o da transformação do fluido em matéria tangível. Mas ainda ai, não há transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados. (Cap. VI, itens 10 e seguintes.)

Quanto a manipulação dos fluidos só os Espíritos de elevada categoria podem manipular o fluido cósmico.  Os Espíritos inferiores só conseguem manipular fluidos grosseiros. Eles vivenciam as leis, podem até ter algum conhecimento destas lei mas não vibram com uma frequência compatível com os mundos superiores, por isso, não conseguem manipular os fluidos sutis destes mundos. A manipulação do fluido cósmico está ligada a inteligência e a moralidade do Espírito, liga-se diretamente com a frequência em que o espírito vibra. Os espíritos inferiores não têm acesso. 
Deus impõe limites ao conhecimentos do homem, estes limites estão ligados ao grau de  moralidade que este homem atingiu, quanto maior o grau de moralidade que o Espírito atinge maior é o grau de conhecimento que ele tem acesso. Podemos encontrar em O Livro do Espíritos nas questões 18 e 19: na questão 18 - Penetrará o homem um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas? A resposta: "O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, são-lhe precisas faculdades que ainda não possui." E, na questão 19, Não pode o homem, pelas investigações científicas, penetrar alguns dos segredos da Natureza? A resposta é: "A Ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, porém, não pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu." E Kardec comenta: Quanto mais consegue o homem penetrar nestes mistérios, tanto maior admiração lhe deve causar o poder e a sabedoria do criador. Entretanto,...

Os espíritos inferiores manipulam fluidos grosseiros, podemos ver isto com Gregório no livro Libertação de André Luiz. Ele, um Espírito inferior, manipulava fluidos no umbral e na Terra, as não consegue nem se quer ir a mundos superiores. Ele possui inteligência mas, não possui moral para isso, pois vibra de forma diferente não tendo afinidade fluídica com  ambientes mais sutis.
No item 11, do capítulo XIV, do Livro A Gênesis, Kardec nos esclarece que:
"O meio está sempre em relação com a natureza dos seres que têm de nele viver. (...), os Espíritos inferiores não podem suportar o brilho e a impressão dos fluidos mais etéreos. (...). Eis aí por que não podem sair do meio que lhes é apropriado à natureza, para mudarem de meio, preciso antes mudar de natureza, despojar-se dos instintos materiais que os retêm nos  meios materiais; numa palavra, que se depurem e moralmente se transformem. Então, gradualmente se identificam com um meio mais depurado, que se lhes torna uma necessidade, como os olhos, para quem viveu longo tempo nas trevas, insensivelmente se habitam à luz do dia e ao fulgor do Sol.

O fluido vital é uma modificação do fluido cósmico. No item 2 da introdução de O Livro dos Espíritos temos: 
"Princípio vital o princípio da vida material e orgânica, qualquer que seja a fonte donde promane, princípio esse comum a todos os seres vivos, desde as plantas até o homem. Pois que pode haver vida com exclusão da faculdade de pensar, o princípio vital é coisa distinta e independente. A palavra vitalidade não daria a mesma ideia. Para uns o princípio vital é uma propriedade da matéria, um efeito  que se produz achando-se a matéria em dadas circunstâncias. Segundo outros, e esta é a ideia mais comum, ele reside em um fluido especial, universalmente espalhado e do qual cada ser absorve e assimila uma parcela durante a vida, tal como os corpos inertes absorvem a luz. Esse seria então o fluido vital que, na opinião de alguns em nada difere do fluido elétrico animalizado, ao qual, também se dão os nomes de fluido magnético, fluido nervoso, etc."

Mesmer, à sua época, estudou o magnetismo mineral, hoje conhecido como eletro-magnetismo. A partir deste estudo ele passou a estudar o magnetismo animal. Pois observou com seus estudos que os seres vivos possuem um magnetismo próprio, diferente do magnetismo mineral. Ele praticava a doação deste fluido através da imposição das mãos.

"A essência do mesmerismo, que é o nome com que foi denominada a doutrina de Mesmer, encontra-se nas 27 proposições da sua primeira memória impressa em 1779, das quais as mais importantes são as seguintes: 1- A influência dos astros uns sobre os outros e sobre os corpos animados;  2- O fluido universal é o agente dessa influência; 3 - essa ação recíproca está submetida a leis mecânicas; 4 - os corpos gozam de propriedades análogas as do ímã; 5 - Essas propriedades podem ser transmitidas a outros corpos animados ou inanimados; 6 - a moléstia é apenas a resultante da falta ou do desequilíbrio na distribuição do magnetismo pelo corpo."
Trecho do livro 
Magnetismo Espiritual, 
editado pela FEB.
O fluido vital é uma modificação do fluido cósmico, Ao vermos o fluido cósmico como o veículo pelo qual o pensamento de Deus chega até nós, então podemos concluir que ao estudarmos o fluido vital, estamos estudando a presença de Deus em nós.
Em O Livro dos Espíritos na questão 45, Kardec pergunta: Onde estavam os elementos orgânicos, antes da formação da terra?
E, a resposta dada pelos Espíritos é "achavam-se, por assim dizer, em estado de fluidos no Espaço, no meio dos Espíritos, ou em outros planetas, à espera da criação da terra para começarem existência nova em novo globo."

O Livro dos Espíritos, na questão 65, Kardec pergunta: O princípio vital reside em alguns dos corpos que conhecemos?  resposta: "Ele tem por fonte o fluido universal. É o que chamais fluido magnético, ou fluido elétrico animalizado. É o intermediário, o elo existente entre o espírito e a matéria."
O fluido vital é diferente das ondas de TV e de rádio ou de celular. Podemos perceber, devidos os experimentos conduzidos por Michael Faraday, que estudando os campos elétricos, utilizou uma gaiola metálica, colocando um isolante, disparando  um corrente elétrica, e nada aconteceu, provando que um corpo dentro da gaiola estava isolado de cargas elétricas e de ondas magnéticas. O que não ocorreu com o pensamento e com mensagens telepáticas , pois foram feitos experimentos com alguns sensitivos é o pensamento e mensagens telepáticas atravessa livremente a gaiola de Faraday.

O Espírito transmite o seu pensamento ao corpo físico através do fluido vital, que é o intermediário entre espírito e matéria, e , tem como fonte o fluido universal. Desse modo, vemos novamente que Deus está em tudo.
A questão 70 de O Livro dos Espíritos: Que é feito da matéria e do fluido vital dos seres orgânicos, quando estes morrem? "A matéria inerte se decompõe  e vai formar novos organismos. O princípio vital volta à massa de onde saiu." E Kardec comenta: Morto o ser orgânico, os elementos que o compõem sofrem novas combinações, de que resultam novos seres, os quais haurem na fonte universal o princípio da vida e da atividade, o absorvem e assimilam, para novamente o restituírem a essa fonte, quando deixarem de existir. Os órgãos se impregnam, por assim dizer, desse fluido vital e esse fluido dá a todas as partes do organismo uma atividade que as põe em comunicação entre si, nos casos de certas lesões, e normaliza as funções momentaneamente perturbadas. Mas quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre.
(...)
Os corpos orgânicos são assim, uma espécie de pilhas ou aparelhos elétricos, nos quais a atividade do fluido determina o fenômeno da vida. A cessação dessa atividade causa a morte. A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos. Varia conforme as espécies e não é constante, quer em cada indivíduo quer nos indivíduos de uma espécie. Alguns há, que se acham, por assim dizer, saturados desse fluido, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. Dai, para alguns,vida mais ativa, mais tenaz e, de certo modo, superabundante.
(...)

Emmanuel nos diz que a base fluídica da terra é o Fluido Cósmico Universal modificado e único.
Então, desse modo, estamos desvendando "a água" e as "separações" ou o verbo "separar" usado no livro Gênesis de Moisés para abordar a criação de todas as coisas, a "água" pode e deve ser vista pelos espíritas como a manipulação do Fluido Cósmico, que é o que dá origem a todas as coisas, e que é comandado por Deus.
"...e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. 
Disse Deus: Haja luz; e houve luz.
E viu Deus que a luz era boa, e fez a separação entre a luz e  as trevas". (Gn 1: 2-4)

Texto baseado nas falas de Haroldo Dura Dias durante o estudo do livro Gênesis de Moisés no Portal Ser e no resumo da aula 11 do grupo de estudo do livro Gênesis no Facebook.


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Os Arquitetos Divinos e o Fluido Cósmico

O estudo do livro de Gênesis de Moisés, está nos levando a um patamar muito amplo, o que pode nos deixar um pouco  perdidos em alguns pontos do estudo,  por isso, é importante parar para recapitular o que está sendo estudado. 
Como este  estudo é feito à luz da Doutrina Espírita, Haroldo está trabalhando o texto de forma detalhada, bem devagar, buscando trazer os conhecimentos que estão implícitos no texto para um contexto espírita. O estudo procura fazer uma conexão do texto dos antigos hebreus que escreveram o livro de Gênesis, com os conhecimentos científicos atuais, e principalmente, com os ensinamentos trazidos pela doutrina espírita. 
Primeiro  o livro Gênesis foi dividido em temas, e o nosso primeiro tema é "A Criação", descrita no capítulo 1:1-2:3. E, ainda estamos neste tema.
No início o texto de Moisés nos diz:  "No princípio Deus criou, os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo,...", este trecho mostra um estado negativo da criação, um não-ser; o caos, o nada, o antes.

Em seguida, percebemos que existe uma oração  que se repete várias vezes no texto:  "E disse Deus". 
Então, questionamos para quem Deus disse? 
Quem estava com Deus quando ele criou o Mundo? 

Observe que a  oração aparece com frequência no texto:
"Disse Deus: Haja luz; e houve luz". (3);"Disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas".(6);"Disse também Deus: Ajuntem-se as águas de baixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim fez". (9);"E disse Deus: produza a relva, ervas que deem sementes...".(11);"E disse Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus..."(14);"Disse também Deus: Povoem-se as águas..."(20);"Disse também Deus: Produza a terra seres viventes..."(24)"Também disse Deus: Façamos o homem..."(26).

E ai, como nos diz Haroldo,  quem nos ajuda na compreensão e na conexão com a doutrina espírita são alguns estudiosos que já estudaram os Livros Sagrados do Velho Testamento, se depararam, também,   com esta questão, e encontraram uma explicação dizendo que quando  Deus criou o Universo ele contava com ajuda de 'uma peide da arcanjos que executavam a Sua vontade'. Isto quer dizer que Deus mandava e os arcanjos executavam. 
Esta interpretação nos ajuda a fazer uma ligação entre o livro  Gênesis de Moisés e os ensinamentos contidos na doutrina espírita. Pois, no livro Evolução em dois Mundos, André Luiz, na primeira parte, no tópico Co-criação em Plano Maior, nos diz que é:

"Nessa substância original(fluido cósmico), ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, (...), extraindo desse hálito espiritual os celeiros de energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co-criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa."
Diz ainda, que:

"Essas Inteligencias Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito criado pode formar ou Co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade."

Neste trecho André Luiz nos diz que Deus manda e estes seres divinos obedecem, executam. Eles criam mundos, planetas, galáxias que são coisas perecíveis, mas, só  Deus cria coisas eternas, só Deus cria Espíritos.

Podemos ver ainda a manipulação do Fluido cósmico que é feita pelos Cristos, com nos diz Emmanuel no livro A Caminho da Luz

"Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos do nosso sistema, existe uma comunidade de Espíritos puros e eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias."
E continua dizendo:

"Essa comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual Jesus é um dos membros divinos,...".

E no livro  Gênesis de Moisés, após dar estas ordens, Deus sempre confere se o que foi realizada está de acordo, é como se fosse um controle de qualidade, que é visto no texto com a frase "e viu Deus que isso era bom". Este termo é encontrado nos versículos 4, 10, 12, 18, 21, 25, 31 do capítulo primeiro de Gênesis. 

Outra questão que  intriga a muitos estudiosos do texto de Moisés, é que  nos primeiros versículos do livro de Gênesis a palavra "água" aparece, e,  o texto não descreve a sua criação. E como se a água já existisse. "E o Espírito de Deus pairava por sobre as águas"
Quando a água foi criada?

"E Deus separou as águas de cima das águas de baixo". 


Que águas são essas? 
Água de cima, e água de baixo?  Tentando buscar explicações na codificação espírita e nos livros espíritas principalmente de Francisco Cândido Xavier. Vemos que André Luiz, também no livro Evolução em Dois Mundos nos diz: 

"Plasma Divino - O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano." 

Em O Livro dos Espíritos, os espíritos nos dizem, na questão 27:

"no universo existem dois elementos: espírito e matéria, e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal".

E, continuam os espíritos dizendo:

"Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela.Embora,  de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo como o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, a razão não haveria para que também o espirito não o fosse. Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, é suscetível, pelas suas inumeráveis combinações como esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade de coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio  sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá."

Esse fluido nos diz os espíritos respondendo, ainda, a questão 27,"a"; "é suscetível de inúmeras combinações, como a eletricidade, o magnetismo etc,  

Neste estudo temos de ter uma visão espírita de Universo, pois, muitos de nós temos ainda uma visão limitada de Universo. 
 E no item Espírito e Matéria, nos diz a questão 22, que "a matéria existe em estados que ignoramos. Podem ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause os sentidos. Contudo é sempre matéria." E quando Kardec pergunta: O que é o espirito? A resposta dada pelos espíritos é que "é o princípio  inteligente do Universo." Mas que o Espírito não é sinônimo de inteligência, que a inteligência é um atributo essencial do espírito. E, na questão 30 é dito que" a matéria é formada de um só elemento primitivo." E que "os corpos que consideramos simples não são verdadeiros elementos são transformações da matéria primitiva." E na questão 31, que "a origem das diversas propriedades da matéria, são modificações que a matéria primitiva sofre, decorrente do efeito de suas uniões, em certas circunstâncias. A mesma matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir todas as propriedades, e é isso que se deve entender, quando se diz que tudo está em tudo". 
Nesta tentativa de incluir os conhecimentos espíritas no estudo do Velho testamento para alcançar novos patamares, podemos concluir que a "água" de que faz referência o livro Gênesis de Moisés está se referindo ao fluido cósmico, que aliás, sempre foi matéria de estudo de filósofos e cientistas em todos os tempos. Ele já foi chamado de éter, de vácuo, e hoje a ciência sabe que o vácuo não existe em parte alguma. Aliás, os Espíritos já diziam isto em 1857, no O Livro dos Espíritos na questão 37 onde Kardec pergunta: "O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal? Os Espíritos respondem: "Não, não há vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos."

Hoje os cientistas já sabem que o que se acreditava vazio está preenchido de uma substância desconhecidos dos físicos, cosmólogos e astrônomos. Esta substância está sendo chamada de  Energia Escura e/ou Matéria Escura ninguém sabe quase nada sobre ela, só que está presente em 96% do Universo.  Isso quer dizer que a matéria como  conhecemos hoje (matéria bariônica) corresponde a, aproximadamente, 4% de toda a matéria existente no Universo. Os outros 96% é formado por uma substância desconhecida, com propriedades muito próximas das descritas por Kardec, quando fala-se do  fluido cósmico universal, nele não há gravidade. O seu movimento é de expansão e, não de atração como a gravidade. Como os estudiosos não sabem nada sobre esta substância,  resolveram, então, chamá-la  de 'energia escura' e 'matéria escura', escura no sentido de desconhecida. 

Então resumindo: Em relação a "água" nos deparamos com o conceito espírita de fluido cósmico universal.
Para que as coisas sejam criadas no livro de Moisés, usa-se muitas vezes a palavra "separação" e aparece também, algumas vezes,  o verbo "ajuntar" e  "aparecer'.  Esta separação e este ajuntamento pode ser entendido como a manipulação do fluido cósmico, como já foi visto nos textos retirados dos livros espíritas já citados, principalmente em: O Livro dos Espíritos, A Caminho da Luz e Evolução em Dois Mundos.

E, em relação as ordens que  Deus dá, vemos com a doutrina espírita que Deus dá as ordens aos Cristos e estes executem a Sua vontade, utilizando para isso o fluido cósmico. Desse modo, é sobre o comando de Deus que os Cristos vão criando mundos, sistemas e planetas. A "separação" dita no texto é a manipulação do fluido cósmico, podemos imaginar os Cristos  como se fossem  químicos da Terra, eles têm  capacidade de manipular elementos primordiais capazes de formar tudo o que existe. Eles não são deuses, mas espíritos superiores descritos na doutrina espírita como 'co-criadores em plano maior', 'Arquitetos Divinos', 'Inteligências Gloriosas'. 
Por que são superiores? E como alcançaram esta superioridade, se o Universo ainda não havia sido formado? 
Aí, devemos ampliar as nossas mentes para expandir o conceito de Universo. 
"Deus nunca esteve inativo, e ele sempre criou", é o que nos diz O Livro dos Espíritos. 
E, o nosso Universo não é o único, nem mesmo o primeiro. 
Estes seres evoluíram em outros universos, em outros mundos em outras galáxias que hoje não existem mais. 
Não devemos também esquecer que Kardec nos propõe em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" a aliança da Ciência com a Religião. 

Já em O Livro dos Espíritos ele  nos diz que: "A ciência foi dada ao homem para seu adiantamento em todas as coisas, mas que Deus estabelece limites."

Então usemos Religião e Ciência para melhor compreendermos os desejos do Criador, para ampliarmos a nosso concepção de religião e de Deus, para melhor compreendermos as Escrituras Sagradas  e principalmente para que possamos seguir os ensinamentos do Cristo através de uma fé raciocinada como nos propõe a doutrina espírita e  com o coração cheio de Esperança e Fé,  pois sabemos que Jesus está no comando de todas as coisas, e por isso, busquemos trabalhar em nós o exercício do Amor Maior.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

O lugar de Deus no Universo e o Fluido Cósmico

Como vimos no estudo com Haroldo, o livro de Gênesis começa com a criação do mundo, referindo-se ao planeta Terra, e que podemos estender esta concepção para a criação do Universo. Só que o livro de Gênesis refere-se a criação de: dia/noite, sol/lua, plantas, animais e homem. Quanto  a água, porém,  nos dá a impressão que ela  já existia, pois não há descrição da criação da água no livro. Todos os outros elementos têm uma descrição detalhada de sua criação, mas quanto a água não. Como vimos na aula passada o livro Boa Nova nos diz que "a água é o símbolo perfeito de Deus", e que ela está em cima e em baixo, este fato expressa a presença de Deus em toda parte e simboliza também o amor, além disso é fluídica, maleável, leve.
[ Se você leu a reportagem que coloquei do texto científico  da revista Scientific American Brasil, que tem como tema de capa "Sopa de Quarks", viram que os cientistas tentando criar em laboratório um  ambiente parecido com o do universo primordial, se depararam com um líquido perfeito, o mais perfeito que eles já viram, diz a reportagem. Você pode ler alguns trechos deste reportagem no texto que escrevi, clicando aqui].
Kardec nos fala da evolução do pensamento religioso, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, nos esclarecendo que a evolução não acontece somente com os Espíritos, mas, com o planeta como um todo.
Esta visão nos oferece uma nova percepção de Deus, da vida, e de nós mesmos. E isso, também, amplia o nosso campo de ação.
Hoje, quase todos os países e coletividades estão ouvindo sobre a vida após morte, sobre reencarnação, sobre a comunicabilidade de espíritos...
Estamos fazendo um regresso aos antigos livros, que citavam mitos da criação, só que aqui neste estudo fazemos isto, com o auxílio da Doutrina Espírita, e por isso, alcançamos significados mais amplos.
 [Alguns cientistas   trazem os mitos da criação nos capítulos iniciais de seus livros para explicar a física moderna, especificamente a física quântica. Como exemplo, podemos citar; "A Dança do Universo" de Marcelo Gleiser e o "Tao da Física" de Fritjof Capra]
Para estudarmos o processo da criação precisamos entender e estudar o fluido cósmico. Isto por que, quando Kardec abordava as concepções de Deus, da lei divina, da justiça divina, ele sempre fazia referência ao fluido cósmico ou então trabalhava algum aspecto deste. Por isso, o estudo do fluido cósmico se torna essencial para nós. O fluido cósmico dará o tom do nosso estudo.  O fluido cósmico é como uma raiz de onde saem vários galhos, ramos, e existem vários  princípios, sendo que,  um deles é a concepção diferenciada do Universo.
Devemos nos lembrar que os hebreus que escreveram o livro Gênesis, acreditavam que a Terra era rígida, e o céu era visto como se fosse um metal e as estrelas estavam pregadas. Esta concepção  predominou até Galileu, e ainda hoje está presente na vida de muitas pessoas, pois muitos ainda concebem Deus  dentro deste universo limitado. 
O Livro dos Espíritos na questão 37, nos dá uma definição de Universo. Nos diz que o Universo abrange uma infinidade de mundos, dos mundos que vemos e dos que não vemos. Todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço, assim como os fluidos que o enchem o espaço infinito, tudo, tudo mesmo é o Universo, e foi criado por Deus.
"37. O Universo foi criado, ou existe de toda a eternidade, como Deus?
"E fora de dúvida que ele não pode ter-se feito a si mesmo. Se existisse, como Deus, de toda a eternidade, não seria obra de Deus."
Diz-nos a razão não ser possível que o Universo se tenha feito a si mesmo e que, não podendo também ser obra do acaso, há de ser obra de Deus."
O Livro dos Espíritos
Formação dos Mundos, questão 37
O fluido é algo que tem o comportamento do estado líquido da matéria, simbolicamente podemos entender fluido como água. Quando Kardec escreveu a codificação não havia conceito de "energia" que temos hoje, fluido é energia e tem o comportamento similar a água.
Paulo nos diz: "em Deus nos movemos e existimos como peixes no oceano." e também, nos diz:
"pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dos vossos, aliás, já disseram: 'porque somos também de sua raça'."
Atos dos apóstolos 17:28
A separação das águas no texto de Gênesis, "as águas de cima das águas de baixo" trata-se da separação dos fluidos. O capítulo 1 de Gênesis descreve a criação da Terra e indiretamente a criação do Universo, para compreender o texto, devemos ter uma concepção espírita de Universo.
Dentro deste Universo, precisamos pensar onde está Deus? Que Deus é esse?
Muitos ainda tem uma concepção de Deus, como "um senhor de barba branca sentado num trono", e uma concepção de céu e inferno como lugares físicos para onde iremos após a morte e que viveremos lá eternamente.
Os cientistas refutam esta concepção de Deus, é preciso reformular esta concepção de Deus. E, o problema é que dentro da doutrina, também, temos muitos pensando em Deus e em céu e inferno desta forma limitada.
No livro O céu e o Inferno, Kardec nos apresenta uma nova concepção de Deus e denuncia a falha da concepção tradicional.
"2. As diferentes doutrinas relativamente ao paraíso repousam todas no duplo erro de considerar a Terra centro do Universo, e limita a região dos astros.
É além desse limite imaginário que todas têm colocado a residência afortunada e a morada do Todo-Poderoso.
Singular anomalia que coloca o Autor de todas as coisas, Aquele que as governa a todas, nos confins da criação, em vez de no centro, donde o seu pensamento poderia, irradiante, abranger tudo!"
O Céu e o Inferno
Capítulo III, item 2.
O Frei Beto numa entrevista, sobre o contato com extraterrestes, diz que "o mistério da encarnação do Cristo tem validade em outros planos", percebe-se uma ampliação no conceito de que apenas a Terra é importante ou é o centro do Universo. É um erro acreditar que a Terra é o centro do Universo. Outro erro é achar que a Terra (ou Universo?) limita-se a região dos astros.
E, onde fica Deus? Onde está o paraíso? Como conceber, ainda, esta concepção, com toda a evolução e todo o conhecimento que temos hoje sobre o Universo? E, muitos  colocam Deus nos confins da criação e não no centro.
Deus está no centro do Universo e não na borda. O  pensamento de Deus irradia, abrange tudo, a velocidade é instantânea. Não há o fator tempo. O contato com o pensamento de Deus é imediato.
A questão 92 de O Livro dos Espíritos, nos diz:

"92. Têm os Espíritos o dom da ubiquidade? Por outras palavras: um Espírito pode dividir-se, ou existir em muitos pontos ao mesmo tempo?

“Não pode haver divisão de um mesmo Espirito, mas cada um e um centro que irradia para diversos lados. Isso e que faz parecer estar um Espírito em muitos lugares ao mesmo tempo. Vês o Sol? É um somente. No entanto, irradia em todos os sentidos e leva muito longe os seus raios. Contudo, não se divide.”

a) Todos os Espíritos irradiam com igual força?

“Longe disso. Essa força depende do grau de pureza de cada um.”

No  comentário desta questão, Kardec diz: 
Cada "Espírito e uma unidade indivisível, mas cada um pode lançar seus pensamentos para diversos lados, sem que se fracione para tal efeito. Nesse sentido unicamente e que se deve entender o dom da ubiquidade atribuído aos Espíritos. Dá-se com eles o que se dá com uma centelha, que projeta longe a sua claridade e pode ser percebida de todos os pontos do horizonte; ou, ainda, o que se dá com um homem que, sem mudar de lugar e sem se fracionar, transmite ordens, sinais e movimento a diferentes pontos.

Em grau reduzido, todos nós temos os atributos de Deus. Desse modo, também nosso espírito irradia para diversos lados. Olhemos uma vela num quarto escuro, sua luz se irradia por todo o quarto, podemos ampliar se trocarmos a vela por um holofote. O Sol irradia, assim, também, os Espíritos irradiam, com maior ou menor força, dependendo do seu grau de adiantamento.
Esta é a razão de um Espírito como Bezerra de Menezes comunicar-se em tantos lugares, seu espírito irradia, transmite mensagens a diversos médiuns ao mesmo tempo.
O centro depende do ponto de referência, o Sol pode ser o centro, a Terra pode ser o centro, nós podemos ser o centro, pois o centro depende do referencial. Estamos  viajando no Universo, e Deus está em tudo inclusive em nós.
A questão 88 de O Livro dos Espíritos nos diz:

88. Os Espíritos têm forma determinada, limitada e constante?

“Para vos, não; para nós, sim. O Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea.”

a) Essa chama ou centelha tem cor?

“Tem uma cor que, para vós, vai do escuro ao brilho do rubi, conforme o Espírito e mais ou menos puro.”

Kardec, comenta a questão dizendo:
Representam-se de ordinário os gênios com uma chama ou estrela na fronte. E uma alegoria, que lembra a natureza essencial dos Espíritos. Colocam-na no alto da cabeça, porque ai esta a sede da inteligência.
O espírito é uma chama, um clarão,  e que irradia. 
188. Os Espíritos puros habitam mundos especiais, ou se acham no espaço universal, sem estarem mais ligados a um mundo do que a outros?
“Habitam certos mundos, mas não lhes ficam presos, como os homens a Terra; podem, melhor do que os outros, estar em toda parte." 10
Na questão 188 Kardec nos diz no rodapé:
"10 Nota de Allan Kardec: Segundo os Espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é dos que têm habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda abaixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos. O Sol não seria mundo habitado
por seres corpóreos, mas simplesmente um lugar de reunião dos Espíritos superiores, os quais de lá irradiam seus pensamentos para os outros mundos, que eles dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, transmitindo-os a estes por meio do fluido universal. Considerado do ponto de vista da sua constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade. Todos os sóis como que estariam em situação análoga. O volume de cada um e a distância a que esteja do Sol nenhuma relação necessária guardam com o grau do seu adiantamento, pois que, do contrário, Vênus deveria ser tida por mais adiantada do que a Terra e Saturno menos do que Júpiter. Muitos Espíritos, que na Terra animaram personalidades conhecidas, disseram estar reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e há causado espanto que, nesse globo tão adiantado, estivessem homens a quem a opinião geral aqui não atribuía tanta elevação. Nisso nada há de surpreendente, desde que se atenda a que, possivelmente, certos Espíritos, habitantes daquele planeta, foram mandados à Terra para desempenharem aí certa missão que, aos nossos olhos, os não colocava na primeira plana. Em segundo lugar, deve-se atender a que, entre a existência que tiveram na Terra e a que passaram a ter em Júpiter, podem eles ter tido outras intermédias, em que se melhoraram. Finalmente, cumpre se considere que, naquele mundo, como no nosso, múltiplos são os graus de desenvolvimento e que, entre esses graus, pode mediar lá a distância que vai, entre nós, do selvagem ao homem civilizado. Assim, do fato de um Espírito habitar Júpiter não se segue que esteja no nível dos seres mais adiantados, do mesmo modo que ninguém pode considerar-se na categoria de um sábio do Instituto, só porque resida em Paris. As condições de longevidade não são, tampouco, em qualquer parte, as mesmas que na Terra e as idades não se podem comparar. Evocado, um Espírito que desencarnara havia alguns anos, disse que, desde seis meses antes, estava encarnado em mundo cujo nome nos é desconhecido. Interrogado sobre a idade que tinha nesse mundo, disse: “Não posso avaliá-lo, porque não contamos o tempo como contais. Depois, os modos de existência não são idênticos. Nós, lá, nos desenvolvemos muito mais rapidamente. Entretanto, se bem não haja mais de seis dos vossos meses que lá estou, posso dizer que, quanto à inteligência, tenho trinta anos da idade que tive na Terra”. Muitas respostas análogas foram dadas por outros Espíritos e o fato nada apresenta de inverossímil. Não vemos que, na Terra, uma imensidade de animais em poucos meses adquire o desenvolvimento normal? Por que não se poderia dar o mesmo com o homem noutras esferas? Notemos, além disso, que o desenvolvimento que o homem alcança na Terra aos trinta anos talvez não passe de uma espécie de infância, comparado com o que lhe cumpre atingir. Bem curto de vista se revela quem nos toma em tudo por protótipos da Criação, assim como é rebaixar a Divindade o imaginar-se que, fora o homem, nada mais seja possível a Deus."
 Os Espíritos que dirigem os mundos são os Cristos.
 (Se quiser ler comentário da aula anterior que fala dos Cristos, clique aqui.)
O livro Gênesis dá uma atenção especial a criação do Sol, da Lua e podemos ver, que com o auxílio da codificação espírita, poderemos aprofundar  a importância destes astros, bem como do fluido cósmico.
O fluido cósmico é um grande mar, ele  abrange toda a criação. E, é o veículo de transmissão do pensamento de Deus, sendo desse modo, o grande condutor do Universo.
Se toda a criação está mergulhada no fluido cósmico, estamos todos nós também mergulhados, e o pensamento de Deus está sendo transmitido através desse fluido. Deus  está em todos os lugares. Não há nenhum lugar que não seja alcançado pelo pensamento de Deus, ou em que o pensamento de Deus não esteja.