Numa visão Espírita

Textos baseados no Estudo do livro Gênesis de Moisés transmitido no portal SER com Haroldo Dutra Dias. Com a utilização dos resumos postados no Grupo de Estudos de Gênesis no Facebook. Qualquer erro gramatical, textual, morfossintático, ortográfico, etc é de responsabilidade exclusiva da administração do Blog.




quinta-feira, 21 de maio de 2015

Fluido magnético e fluido elétrico - Eletromagnetismo

Como nos dizem os Espíritos em O Livro dos Espíritos o fluido vital é uma das muitas modificações do fluido cósmico.  Vimos também que os "elementos orgânicos, antes da formação da Terra se encontravam no espaço em estado de fluido, no meio dos Espíritos ou em outros planetas, a espera da criação da terra para começarem a existência em novo globo." (questão 45). Já na questão 65, temos que "o princípio vital tem por fonte o fluido universal. É o que chamamos de fluido elétrico, fluido magnético", hoje conhecido como eletro-magnetismo, mas é um eletro-magnetismo diferente do conhecido pela ciência terrestre. Diz, também,  que  "é o intermediário, o elo existente entre o espírito e a matéria". 

O eletro-magnetismo
Os séculos XVIII e XIX assistiram um grande desenvolvimento da Mecânica de Newton. O próprio Newton aplicou sua teoria ao movimento dos planetas, explicando características básicas do sistema solar. Capra, no Livro o Tao da Física, diz que "Seu sistema planetário (de Newton), era contudo extremamente  simplificado, negligenciando, por exemplo, a influência gravitacional mútua dos planetas, descobrindo assim que havia algumas irregularidades que ele não foi capaz de explicar. Para superar o problema, Newton partiu do pressuposto de que Deus se encontrava sempre presente no Universo de modo a corrigir essas irregularidades."
A Laplace foi atribuída a tarefa de depurar  e aperfeiçoar os cálculos de Newton. Laplace demonstrou que as leis de newtonianas do movimento asseguravam a estabilidade do sistema solar e tratava o universo como uma máquina auto-reguladora. O enorme sucesso do modelo mecanicista de Newton fez com que os físicos do início do século XIX acreditassem que o universo era na verdade, um imenso sistema mecânico funcionando de acordo com as leis newtonianas do movimento. Essas leis eram consideradas as leis básicas da natureza e a Mecânica de Newton era encarada como a teoria última dos fenômenos naturais. Só que, uma nova realidade da física foi descoberta, trazendo à tona as limitações do modelo de Newton e demostrando que nenhuma de suas características tinham validade absoluta.
Essa nova concepção foi gerada pelos progressos  feitos ainda no século XIX e preparou o surgimento  de mudanças científicas significativas. 
O primeiro desses progressos consistiu na descoberta e investigação dos fenômenos elétricos e magnéticos, que não podiam ser adequadamente descritos pelo modelo mecanicista e que envolviam um novo tipo de força. Esse passo fundamental foi dado por Michael Faraday e James Clerk Maxwell. Quando Faraday produziu uma corrente elétrica numa bobina de cobre ao movimentar um magneto perto dela - e dessa forma convertendo em energia elétrica o trabalho mecânico de movimentar o magneto -, ele levou a ciência e a tecnologia um ponto crítico. Seu experimento fundamental gerou, por um lado a vasta  tecnologia da energia elétrica; por outro, lançou a base da especulação teóricas, suas e de Maxwell, que acabaram por dar origem a uma teoria completa do electromagnetismo. Faraday e Maxwell não estudaram apenas os efeitos das forças elétricas e magnéticas; indo mais além, tornaram essas mesmas forças o objeto básico da sua investigação. Faraday e Maxweel substituíram o conceito de força pelo de campo de força; ao faze-lo, foram os primeiros a ultrapassar os limites da Física newtoniana.
Em vez de interpretar a interação entre uma carga positiva e uma carga negativa simplesmente afirmando que as duas se atraem mutuamente ( semelhança de duas massas na Mecânica newtoniana). Faraday e Maxwell acharam mais apropriado afirmar que cada carga gera uma "perturbação", ou uma "condição", no espaço circunvizinho de tal forma que a outra carga, quando se acha presente, sente uma força. Essa condição no espaço, que apresenta o potencial de produzir uma força é denominado campo, sendo criado por uma única carga, existindo ainda que uma outra carga  não seja trazida para sentir seu efeito.
Tratava-se de uma transformação bastante profunda na concepção humana da realidade física. Na visão newtoniana, as forças se encontravam rigidamente vinculadas aos corpos sobre os quais agiam. Agora, o conceito de força era substituído por um conceito mais sutil, o conceito de "campo", que possuía sua própria realidade e podia ser estudado sem qualquer referência a corpos materiais. O auge dessa teoria , a eletrodinâmica, consistiu  na percepção do fato de que a luz ou os raios X são ondas eletromagnéticas, campos magnéticos e elétricos oscilatórios, que diferem unicamente pela frequência de suas oscilações; e mais: sabemos que a luz visível é apenas uma fração ínfima do espectro eletromagnético. 

Apesar dessas transformações tão amplas, a Mecânica newtoniana manteve, de início, sua posição como base de toda física.  O próprio Maxwell tentou explicar os resultados que obtivera em termos mecânicos, interpretando os campos como estado de fadiga mecânica num meio extremamente sutil denominado éter, que enchia o espaço todo, e as ondas eletromagnéticas como ondas elásticas desse éter. Nada mais natural, aliás, uma vez que as ondas  são usualmente experimentadas como vibrações de alguma coisa: ondas de água como vibrações da água; ondas sonoras como vibrações do ar. Maxwell , entretanto, utilizou diversas interpretações mecânicas de sua teoria, sem aparentemente levar nenhuma delas a sério. 
 Foi Einstein quem reconheceu com clareza esse fato cinquenta anos depois, ao declarar que o éter não existia e que os campos eletromagnéticos eram entidades físicas por direito próprio, capazes de percorrer o espaço vazio e que não podiam ser explicados mecanicamente. 
Muita coisa já mudou agora em relação a esse "espaço vazio" mas, isso é coisa para o estudo da matéria escura...
O importante é que no início do século XX os físicos já dispunham de duas teorias que poderiam ser adequadamente aplicadas a diferentes fenômenos: a Mecânica de Newton e a eletrodinâmica de Maxwell. A primeira deixara de ser a base de toda a física.
Na Eletrodinâmica clássica, a teoria de Maxwell e Faraday, os campos são entidades físicas primárias que podem ser estudadas sem qualquer referência a corpos materiais. Campos elétricos e magnéticos em vibração podem deslocar-se através do espaço sobre a forma de ondas de rádio, de ondas de luz ou de outras modalidades de radiação eletromagnética. 

Mas o pensamento não faz parte desse tipo de magnetismo como foi provado no experimento de Faraday, pois, enquanto Maxwell era um teórico, Faraday foi um dos maiores experimentadores de todos os tempos. Em suas experiência, comprovou que  os pensamentos atravessam tranquilamente as paredes da "gaiola de Faraday". 

Veja este vídeo:

 Ou quem sabe este mostre melhor, mas aconselho que abaixe o som:


Já foram feitas, também, experiências com sensitivos e se observou que todas as ondas são bloqueadas pela "gaiola de Faraday", exceto o pensamento. 
Desse modo, como nos diz os espíritos na questão 65 de O Livro dos Espíritos, o pensamento é um tipo de eletromagnetismo diferente deste estudado na Eletrodinâmica clássica de Faraday e Maxwell,  ele é  intermediário, um elo entre o espírito e a matéria. O espírito transmite o seu pensamento ao corpo  físico através do fluido vital, também, intermediário entre o espírito e a matéria - um eletromagnetismo diferenciado, animalizado.

Texto foi  baseado nos livros:

  • A Dança do Universo -Marcelo Gleiser;
  • O Tao da Física - Fritjot Capra; 
  • Uma Nova História do Tempo - Stephen Hawking; 
  • Alice no país do Quantum - Robert Gilmore;
  • Máquina do Tempo - Mário Novello
  • O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.


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