O espírito estagia em várias nações e, assim, vai adquirindo experiências. As
nações são escolas, que promovem diversas experiências ao espírito, cada povo
tem seu ênfase, sua cultura sua forma de vida.
Entretanto, devemos observar que a literatura do Velho Testamento é patrimônio cultural/espiritual do povo hebreu que até hoje continuam sendo os cuidadores deste patrimônio (primeira revelação).
Alcíone em Renúncia
Rémez – uso das metáforas.
Emmanuel nomina um de seus livros como Vinha de Luz, ou seja, colheita de valores espirituais para a vida eterna.
Texto baseado na fala de Haroldo Dutra Dias no vídeo 6 e do resumo da aula disponibilizado no Grupo de Estudo de Gênesis no Face Book. Qualquer erro gramatical, morfossintático, ortográfico, textual etc. é de responsabilidade exclusiva da administração do blog.
Entretanto, devemos observar que a literatura do Velho Testamento é patrimônio cultural/espiritual do povo hebreu que até hoje continuam sendo os cuidadores deste patrimônio (primeira revelação).
Para aprendermos sobre o Velho Testamento não podemos desprezar a experiência de 3500 anos deste
povo, estudando estes livros.
“Não
bastaria uma boa leitura do texto, seja em hebraico, seja numa boa tradução?
Esta leitura não seria suficiente para a compreensão e a inspiração? A resposta
é sim, mas apenas em parte. Na visão profética de Jeremias, o Todo-Poderoso
compara Sua palavra com “um martelo que despedaça a rocha.(1) E o Talmud
comenta: “Tal qual a rocha que se parte em muitos fragmentos sob o golpe do
martelo, assim cada palavra do Santíssimo, bendito seja, foi dividida em
setenta expressões”– uma multiplicidade de significados e interpretações. Assim
como a rocha se despedaça sob o golpe do martelo, diz novamente o Talmud,
“um versículo das Escrituras Sagradas pode admitir muitos significados”. Portanto,
o Midrash diz, simplesmente, que “A Torá tem setenta
aspectos.”
Irving:
A Ética do Sinai
“Não é a minha palavra como fogo? oráculo de
Iahweh. E como um martelo que arrebenta a rocha?”
Bíblia de Jerusalém
Jeremias 23:29
As possibilidades de interpretação são várias, uma interpretação que
diz esgotar o texto é fundamentalista. O
mesmo texto pode ser visto de diversos ângulos.
Obreiros da Vida Eterna – Asclepios responde a perguntas com
versículos – a perspectiva dele é o problema que a pessoa apresenta.
Trecho
do livro Obreiros da Vida Eterna citado pelo Haroldo:
“— Venerável amigo — disse com transparente
sinceridade —, temos algumas cooperadoras na Crosta que esperam de nós uma
palavra de ordem e reconforto para prosseguirem nos serviços a que se devotaram
de coração fiel. Desde muito tempo, experimentam perseguições declaradas e
toleram o sarcasmo contínuo de adversários gratuitos que lhes ferem o espírito
sensível, atacando-lhes os melhores esforços, através de maldades sem conto.
Inegavelmente, não cedem ante os fantasmas da sombra e mobilizam as energias no
trabalho de resistência cristã... Exercendo funções de colaboradora, nesta
expedição de socorro que agora chefio pela primeira vez, conheço, de perto, a
dedicação que nossas amigas testemunham na obra sublime do bem, mas não ignoro
que padecem, heroicas e leais, há quase trinta anos sucessivos, ante o assédio
de inimigos implacáveis e cruéis.
Após curto silêncio, que ninguém se atreveu a
interromper, a consulente concluiu, perguntando:
—Que devemos dizer a elas, respeitável amigo? Por
que palavras esclarecedoras e reconfortantes sustentar-lhes o ânimo em tão
longa batalha? De alma voltada para o nosso dever, aguardamos de vossa
generosidade o alvitre oportuno.
Vimos, então, o inesperado. O mensageiro ouviu,
paciente e bondoso, revelando grande interesse e carinho na expressão
fisionômica e, depois que Semprônia deu por terminada a consulta, retirou uma
folha dentre os pergaminhos alvinitentes que trazia, de modo intencional, e
abriu-a a nossa vista, lendo todos nós o versículo quarenta e quatro do
capítulo cinco do Evangelho do Apóstolo Mateus:
— “Eu, porém, vos digo: amai a vossos inimigos,
bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que
vos perseguem e caluniam”.
O
processo de esclarecimento e informação não podia ser mais direto, nem mais
educativo.”
André Luiz/Chico Xavier
Há uma tradição do povo hebreu que interpreta o livro de Genesis
(3500), católicos (1500), protestantes (500), espíritas (150).
Quando Kardec
coloca no primeiro capitulo “não vim destruir a lei” precisamos entender que o
espiritismo não despreza todo este trabalho que já foi realizado, todos estes
missionários que já se debruçaram sobre este livro. Assim, ao estudar, fazemos
um trabalho de soma, e não de exclusão.
Há dentro do espiritismo tradições de estudo do evangelho – Cairbal
Shutel, Pastorino, etc.
Existem lições básicas que estão no Velho Testamento e que ainda não praticamos e
nem mesmo entendemos, portanto, não é algo que deva ser desprezado, mas sim estudado
e entendido.
“Em nossa literatura antiga de comentário e
misticismo, toma-se a palavra PaRDeS para indicar quatro abordagens da Torá,
quatro formas de explorar e extrair seus tesouros de significado. Com as quatro
letras da palavra PaRDeS começam as palavras Peshat, Rémez, Derash e Sod, respectivamente. Peshat, o primeiro, seria o sentido literal, puro e
simples do texto. Com Rémez, seguimos a estrutura sintática e
gramatical de um versículo, levando em conta que certas palavras possuem um
significado simbólico, ou metafórico. O Derash simplesmente omite a
estrutura sintática de um versículo e até mesmo ignora seu contexto, percorrendo
a Torá em busca de significados apontados pela alusão e
associação. Finalmente, temos o Sod, a leitura mais íntima e profunda
de um texto, geralmente seguindo a concepção mística da Cabalá, e atingindo um
grau de profundidade do significado que vai muito além dos anteriores.
Irving:
A Ética do Sinai
Pardes em hebraico significa jardim, assim, interpretar um texto se assemelha a
cuidar de um jardim.
Trecho do livro Renúncia, fala de Alcione:
“Em
nosso grupo familiar de Castela-a-Velha, meu tutor dizia que o estudo das
letras santas é comparável a uma pesca de luzes celestiais, O rio da vida, afirmava,
está sempre correndo e é indispensável energia serena e vontade ardente, a fim
de mergulharmos na coleta dos valores divinos. Enquanto o homem se mantiver
tíbio, desencantado, indiferente ou pessimista, dificilmente poderá encontrar
no Evangelho algo mais que os sublimes apelos do Senhor. Em tais condições
negativas, recebemos os convites do Cristo, mas frequentemente ficamos
ignorando a tarefa; somos chamados ao banquete da verdade e da luz, mas
comparecemos como comensais bisonhos, mal sabendo como iniciar o suculento
repasto. O ensinamento de Jesus é vibração e vida, e como o estudo mais simples
demanda o esforço de comparação, não podemos versar o Evangelho sem esse
esforço. Muitos procuram, nestas páginas, somente motivos de consolação,
esquecendo a essência do ensino. Mas seria um contrassenso vir o Mestre a nós,
dos espaços gloriosos da imortalidade, apenas para nos adoçar o coração onusto
de perversidades e fraquezas humanas. Jesus é a fonte do conforto e da doçura
supremos. Isso é inegável. No entanto, reconhecemos que uma criança, que
somente receba consolações e mimos paternos, arrisca-se a envenenar o coração
para sempre, na sede insaciável dos caprichos. Não; não devemos acreditar que o
Cristo só haja trazido ao mundo a palavra revigoradora e afetuosa, senão também
um roteiro de trabalho, que é preciso conhecer e seguir, em que pesem às
maiores
dificuldades.
Para isso, é indispensável tomar os nossos sentimentos e raciocínios como campo
de observação e experiência, trabalhando diariamente com Jesus na construção da
arca íntima da nossa fé. Naturalmente que essa edificação não prescinde do
material adequado, constituído pelas virtudes e conhecimentos nobres que
adquirimos no curso da vida. São esses os elementos que procuramos, em nossa
pesca das luzes celestiais, para que, recebendo as consolações de Jesus,
sejamos igualmente operosos trabalhadores."
Emmanuel
Assim são 4 níveis:
Peshat, Rémez, Derash e Sod
Peshat – estrutura literária – o que está escrito.
Ex. Estudo com Sr. Honório sobre Moisés sendo colocado no cesto untado
com betume. Olhou no dicionário, viu o significado do betume, para que servia (até
aqui é peshat), depois foi para os livros de Emmanuel, e foi percorrendo
todos os níveis. Assim, precisamos ler o texto, olhar as palavras, ver o que significam.
Ex. : passagem em que Jesus fala “ai das grávidas e das que estiverem
amamentando”- precisamos ir além do que está escrito para buscar o que quer
dizer.
Outro exemplo: Deus criou primeiro dia, segundo...e criou o sol no
quarto. Como existia o dia se o sol não havia sido criado? Como existir dia ou
noite?
Assim, no primeiro nível, peshat, estamos com uma incoerência. Ao
utilizarmos o rémez, podemos entender que há uma metáfora.
Derash – associar com
outros textos – colar de pérolas – midrash – Emmanuel usa muito isto na coleção
Fonte Viva.
Sod – profundidade e significado – uso da Cabala.
Bezerra de Menezes (Jornal Paiz – artigos sobre interpretação do
evangelho, coletânea Estudos Filosóficos, Espiritismo) – vários artigos sobre
Cabala.
A cabala tem grandes
semelhanças com o espiritismo
Na cultura judaica, as crianças aprendem a Torá primeiramente no nível
Peshat, lembremos que Paulo sabia-a de cor e isso era comum na época.
“Não é
por coincidência que PaRDeS, a palavra formada pelas iniciais das quatro
palavras citadas no parágrafo acima, signifique, literalmente, horta ou jardim.
Esta tradução simboliza a exuberante riqueza de pensamento e inspiração que
pode surgir dos textos sagrados, se soubermos como cultivá-los e como colher os
frutos mais difíceis de alcançar.”
Irving:
A Ética do Sinai
Emmanuel nomina um de seus livros como Vinha de Luz, ou seja, colheita de valores espirituais para a vida eterna.
Texto baseado na fala de Haroldo Dutra Dias no vídeo 6 e do resumo da aula disponibilizado no Grupo de Estudo de Gênesis no Face Book. Qualquer erro gramatical, morfossintático, ortográfico, textual etc. é de responsabilidade exclusiva da administração do blog.
Muito obrigada pela organização e cuidado com as informações passada pelo Comandante Haroldo Dutra Dias.
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